Às 19h21, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) confirmou que Jair Bolsonaro (PSL), 63 anos, foi eleito o 38º presidente da República.
O militar recebeu 57.797.416 votos –55,13% dos válidos (sem brancos e nulos). Em 2º lugar, ficou o petista Fernando Haddad, com 47.040.380 votos –44,87% dos válidos. A diferença de votos foi de 10.757.036 votos.
Estavam habilitados 147.306.275 eleitores. Desses, 31.371.204 (21,30%) se abstiveram. Outros 2.486.589 (1,69%) votaram em branco e 8.608.079 (5,89%) optaram por anular.
O “não voto” (abstenções, brancos e nulos) foi equivalente a 28,83% do total do eleitorado. Nessa conta, Bolsonaro teve o apoio de 39,2% dos brasileiros. Haddad, de 31,9%.
Nascido em 21 de março de 1955 em Glicério, no interior de São Paulo, foi registrado na cidade de Campinas. Bolsonaro é o 1º paulista eleito presidente desde Rodrigues Alves, em 1902 e depois em 1918 (mas nessa segunda vez Alves não assumiu o país, pois contraiu gripe espanhola e morreu antes da posse).
Também é o 1º militar eleito por voto direto em mais de 7 décadas. O último foi Eurico Gaspar Dutra, eleito em 1945.
O resultado o coloca como o vencedor com a 4º melhor campanha entre as 6 vitórias de 1 presidente no 2º turno.
Assista ao momento em que Bolsonaro e aliados comemoram o resultado das urnas:
Campanha
O resultado das urnas confirmou uma tendência indicada pelas pesquisas de intenção de voto divulgadas nos últimos dias (veja no agregador de pesquisas do Poder360).
Bolsonaro esteve na liderança durante todo o 2º turno. A diferença entre os 2 candidatos caiu na última semana de campanha, mas sem efeito no resultado final. Para vencer o militar, Haddad precisaria de uma virada histórica.
A vitória de Bolsonaro quebra a polarização PT-PSDB que se consolidou em 1994 e se repetiu em todas as eleições presidenciais até a última, em 2014.
Bolsonaro liderou todas as pesquisas desde que a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva foi barrada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Com uma campanha centrada nas redes sociais e sem a estrutura tradicional dos maiores partidos, o militar ganhou força e abasteceu esperanças, inclusive, de vencer no 1º turno.
Leia a retrospectiva da campanha de Bolsonaro.
Outros 5 militares governaram o país no período da ditadura militar (1964-1985), mas não foram eleitos pelo voto popular. Naquele período, vigorou no país um sistema em que um colégio eleitoral dominado pelos militares decidia quem comandaria o Brasil.
Fernando Haddad começou a campanha desconhecido da maior parte do eleitorado. Foi oficializado candidato à Presidência em 11 de setembro. Em menos de um mês, incorporou parte dos votos cativos de Lula e se consolidou em 2º lugar. Eis a curva de evolução dos candidatos nas pesquisas de 2º turno, do início da campanha até a véspera da eleição:
Artur Hugen, com Poder 360º/Foto: Sergio Lima/Poder 360
19 de Novembro, 2024 às 23:56