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Saída de médicos cubanos deve afetar 28 milhões de pessoas

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Médicos cubanos chegam a Brasília, em agosto de 2013

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgou nesta semana (15) uma nota em que demonstra preocupação com o rompimento de Cuba com o programa Mais Médicos e diz que decisão pode afetar 28 milhões de pessoas. Leia a íntegra.

“Entre os 1.575 municípios que possuem somente médico cubano do programa, 80% possuem menos de 20 mil habitantes. Dessa forma, a saída desses médicos sem a garantia de outros profissionais pode gerar a desassistência básica de saúde a mais de 28 milhões de pessoas“, diz o textoassinado por Glademir Aroldi, presidente do grupo.

O grupo afirma que a decisão poderá levar o Brasil a um “estado de calamidade pública”.

.“A presente situação é de extrema preocupação, podendo levar a estado de calamidade pública, e exige superação em curto prazo“.A confederação defende a manutenção dos médicos cubanos até dezembro, como uma forma de dar tempo para a reposição dos profissionais: “A CNM aposta no diálogo entre as partes para os médicos cubanos permanecerem no país pelo menos até o final deste ano ou, se possível, por tempo maior a ser acordado entre os 2 países”.

O grupo afirma ter procurado o governo de Michel Temer e o de transição, de Jair Bolsonaro, para tentar solucionar a questão. Para a organização, o programa “demonstrou ser uma das principais conquistas do movimento municipalista frente à dificuldade de realizar a atenção básica”.

Segundo dados da organização, entre os 1.575 municípios que possuem somente médico cubano do programa, 80% possuem menos de 20 mil habitantes.

“A saída desses médicos sem a garantia de outros profissionais pode gerar a desassistência básica de saúde a mais de 28 milhões de pessoas”, diz a nota.

Os municípios têm mostrado preocupação com a decisão do governo cubano de deixar o programa. Em carta, a FNP (Frente Nacional de Prefeitos) afirmou que a saída pode trazer “irreparáveis prejuízos à saúde da população”.

Artur Hugen, com Poder 360/Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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