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Governo quer ampliar conectividade no Brasil

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Ministro Vinicius Lummertz durante sua participação no evento

Líderes empresariais e representantes do governo se reuniram em São Paulo no início da semana para o Fórum Conectividade - Hub de Negócios, promovido pelo jornal especializado em turismo Mercado & Eventos para discutir avanços, gargalos e perspectivas do setor.

O ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, defendeu a abertura total das empresas ao capital estrangeiro e a redução do custo operacional das empresas com medidas como a redução do ICMS sobre o querosene da aviação civil (QAV). Os participantes foram unânimes em reconhecer o crescimento do setor no país nos últimos anos e sustentar que ainda há mercado para a aviação civil crescer.

“Mantendo a mesma postura, teremos os mesmos resultados. Se queremos avançar mais, precisamos adequar a nossa realidade às melhores práticas implementadas no mundo”, comentou Vinícius Lummertz. Ele enfatizou a necessidade do país se abrir ao mercado global. Atualmente, com quase 100 milhões de passageiros, o Brasil tem 99% do mercado concentrado em quatro empresas. Colômbia e Argentina, com 48,2 milhões e 43,1 de passageiros respectivamente, têm oito e nove empresas.

O Superintendente de Serviços Aéreos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Ricardo Catanant, destacou que os exemplos do Chile e Argentina devem ser observados. “Os dois países se abriram ao mercado mundial no passado recente e tiveram ganhos extraordinários. No Chile, inclusive as empresas internacionais podem operar voos internos”, comentou. De acordo com estudo da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na siga em inglês), num cenário de liberalização do mercado o Brasil tem potencial de se tornar o quinto maior mercado de aviação civil do mundo nos próximos 20 anos. “O país reúne as três condições básicas para o mercado de aviação crescer: mercado, extensão territorial e PIB”, comentou Dany Oliveira, gerente geral da IATA no Brasil.

O ministro do Turismo enfatizou que a abertura internacional e melhoria do ambiente de negócios no Brasil traria benefícios não apenas para a aviação civil. “Nos parques nacionais, nos parques temáticos, nas orlas e marinas também temos um amplo horizonte para crescer”, comentou.

Artur Hugen, com Darse Junior/MTur/Foto: Roberto Castro/MTur