O governo da Noruega anunciou, nesta terça-feira, a doação de 70 milhões de dólares para o Fundo Amazônia. Desde 2008, o Fundo apoia projetos que reduzem o desmatamento e incentivam o uso sustentável dos recursos naturais da região Amazônica, beneficiando as populações que vivem na região.
A doação do governo da Noruega cresceu do ano passado para este ano. Em 2017, foram 41,8 milhões de dólares. Este ano, subiu para 70 milhões, como reconhecimento da redução de 12% no desmatamento na taxa de 2017 (agosto de 2016 a julho de 2017), em relação ao ano anterior. Essa variação faz parte da regra do fundo.
“Além de incentivar os esforços de aplicação da lei, precisamos mobilizar todos os segmentos da sociedade na luta contra infrações ambientais e na defesa do desenvolvimento sustentável da Amazônia”, declarou o ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte.
Desde o início do apoio da Noruega, o Brasil evitou a emissão de mais de 4,5 bilhões de toneladas de CO2 por meio da redução do desmatamento, quase 100 vezes as emissões anuais do país nórdico.
O apoio norueguês ao Fundo Amazônia, junto às doações da Alemanha e da Petrobras, possibilitou o aumento dos esforços de comando e controle contra o desmatamento ilegal na floresta tropical, como a extração ilegal de madeira e mineração de ouro.
“É encorajador que o Brasil tenha conseguido reduzir o desmatamento na Amazônia no ano passado, apesar de estar numa situação econômica desafiadora”, afirmou o ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Ola Elvestuen.
A contribuição anual norueguesa para o Fundo Amazônia é calculada com base nos resultados que o Brasil alcançou no ano anterior, tendo como nível de referência uma média histórica de dez anos, ajustada a cada cinco anos. O governo brasileiro concebeu e implementou essa abordagem metodológica ao estabelecer o Fundo Amazônia em 2008.
Artur Hugen, com Ascom MMA/Foto: Paulo de Araújo/MMA
19 de Novembro, 2024 às 23:56