O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), foi diplomado nesta segunda-feira (10) pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Também participou da cerimônia o vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão (PRTB).
O evento foi antecipado por conta da cirurgia de retirada da bolsa de colostomia de Bolsonaro, que está prevista para janeiro de 2019.
No discurso, que durou cerca de 10 minutos, Bolsonaro falou a favor da democracia. Disse também que o processo do voto é “inquebrantável“.
“Somos uma das maiores democracias que existe. Nós brasileiros devemos nos orgulhar dessa conquista. Esse processo é irreversível. Nosso compromisso com o voto popular é inquebrantável. A população quer paz e tranquilidade. Nossa nação é trabalhadora, de pais e mães”, afirmou.
Também falou que governará para 210 milhões de brasileiros, mesmo os que não votaram nele.
“A partir de 1º de janeiro, serei o presidente de 210 milhões de brasileiros. Governarei em benefício de todos, sem distinção de origem social raça, sexo, cor, idade”, afirmou o presidente eleito.
A presidente do TSE, ministra Rosa Weber, discursou logo em seguida. Eis a íntegra de sua fala.
A cerimônia confirma que os escolhidos pelos eleitores cumpriram todas as formalidades estabelecidas pela legislação eleitoral e estão aptos a exercer o mandato. O processo é indispensável para que o presidente e seu vice tomem posse, em 1º de janeiro.
Para receber o diploma, os eleitos precisam estar com o registro de candidatura deferido e as contas de campanha julgadas. Bolsonaro teve suas contas aprovadas com ressalvas pelo TSE na última 3ª feira (4.dez).
Cerca de 700 pessoas foram convidadas para a solenidade, realizada no plenário da Corte.
O evento foi adiantado por conta da cirurgia que o presidente eleito faria para a retirada da bolsa de colostomia que tem ligada ao seu intestino. A operação acabou sendo adiada para janeiro –ou até depois, pois Bolsonaro pretende ir ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, de 22 a 25 de janeiro de 2019.
A presidente do TSE, Rosa Weber, abriu a sessão. Os eleitos se sentaram à esquerda da presidente na mesa oficial da solenidade, composta por autoridades dos 3 Poderes.
Após a execução do Hino Nacional, feita pela Banda dos Fuzileiros Navais, a presidente do TSE entregou os diplomas ao presidente eleito e seu vice. Na sequência, Bolsonaro discursou.
O ritual é realizado desde 1951, quando Getúlio Vargas voltou à Presidência por meio do voto popular.
Suspensa durante o regime militar de 1964 a 1985, a cerimônia voltou a ser realizada em 1989, na eleição do ex-presidente Fernando Collor de Mello.
Participaram da cerimônia desta 2ª feira os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Claudio Lamachia.
Estiveram senadores, deputados e governadores eleitos, como Ibaneis Rocha (DF) e Ronaldo Caiado (GO). Aliados de Bolsonaro como o futuro ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, também compareceu. A lista inclui ainda familiares como os filhos Carlos, Eduardo, Jair Renan e Laura Bolsonaro, e a mulher, Michelle.
Artur Hugen, com Poder 360º/Foto: Divulgação/TSE
19 de Novembro, 2024 às 23:56