É um absurdo os custos de logística no transporte de produtos do sul de Santa Catarina para o planalto catarinense, via BR-285 Rota Caminhos da Neve. Com a conclusão da BR 285, que falta, apenas 8,3 km., e uma ponte conjuntamente com conclusão das obras de arte na Serra da Rocinha, a economia de logística pagaria os empreendimentos em pouco tempo.
Senão vejamos: Hoje a logística do arroz e da cerâmica produzida no Vale do Araranguá gasta 762 mil quilômetros e a da maçã 621 mil quilômetros ou 5.600 caminhões ao ano e que entopem a BR 101 e a BR 282 para se chegar a Lages ou Fraiburgo. Em termos de valores no caso da maça, os custos giram em torno de mais de três milhões e trezentos mil reais de economia, por ano.
Com a conclusão das estradas, incluindo a Rota Caminhos da Neve, isso representaria alguns centavos de economia em cada saco de 5 kg de arroz. Por outro lado, a região do planalto catarinense teria acesso rápido às praias do sul do estado e outras opções de lazer. Para o Rio Grande do Sul, haveria uma economia gigantesca para se levar a maçã e outros produtos para o Porto de Imbituba.
Com as estradas a região ficará toda integrada Vale do Araranguá + Campos de Cima da Serra + Serra Catarinense, por isso, é necessário dobrar esforços conjuntos de governos, inclusive o Federal e lideranças, entidades e empresariado visando a conclusão das estradas e pontes tão necessárias.
A maioria da nossa maça hoje é embalada em Santa Catarina. São Joaquim e Bom Jesus poderão embalar mais e exportar tudo utilizando a Rota Caminhos da Neve e BR285 aumentando a fatia de exportação para mais de 15%. Para os produtores de maçãs embalarem o produto em Fraiburgo é o cúmulo do absurdo.
Parte da madeira dos Campos de Cima da Serra está sendo transportada para a região de Porto Alegre. Com a BR-285 e Rota Caminhos da Neve integradas, os gaúchos poderiam comercializa-las no vizinho estado e continuar exportando por Imbituba, e poder-se-ia continuar comercializando na região de Porto Alegre. Isso abre um leque enorme de melhoria na renda dos produtores e na arrecadação de impostos.
O Turismo teria um grande impulso: imaginem mais de 1000 veículos circulando na região por dia, vai sobrar recursos para todo mundo vender um pouco. A ociosidade que hoje existe nos meios de hospedagem, está com os dias contados. Serão os primeiros a começar a receber um público maior. Se mencionarmos os novos investimentos que surgirão no setor seria a redenção econômica para aquele povo sofrido com o frio intenso, todos os invernos.
A conclusão dessas obras, também traria benefícios para o Roteiro ‘Caminhos das Missões’, também conhecida por muitos anos, como “Rota dos Conventos” e, mais tarde conhecida, “por Serra da Rocinha”. Será um divisor de águas depois da conclusão (prevista para 2019).
As Serras Catarinense e Gaúcha, vão atrair milhares de turistas de todo Brasil e do Exterior, com as duas serras mais deslumbrantes entre as Serras mais lindas e perigosas do Mundo - (Serras do Rio do Rastro e Serra e Rocinha).
Não se trata de investimentos volumosos e inócuos, com obras abandonadas em todo o país, com prejuízos de bilhões de reais todos os anos. É um investimento com retorno garantido e que se paga logo, pois são apenas 8,3 km e uma ponte sobre o Rio das Antas na BR-285 e menos de 70 km., na Rota Caminhos da neve e a construção da famigerada ponte sobre o Rio Pelotas, na atual ponte das Goiabeiras na divisa dos dois Estados.
Da Redação, com Edição de Artur Hugen/Fotos: Divulgação
O desafio agora é construir a ponte sobre o rio Pelotas
A liberação de recursos para a revitalização da Serra do Rio do Rastro, foi, sem dúvida, uma importante conquista. No entanto, é preciso realmente ir além disso
É preciso que se olhe com carinho para a situação da Ponte das Goiabeiras, sobre o Rio Pelotas, na divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e que o trecho que liga os dois Estados, no lado gaúcho, até a BR-285, em Bom Jesus, seja pavimentado. A precária ponte é uma vergonha, pois são os produtores rurais que a conservam com seus próprios recursos e pessoal.
‘Saco de pregos’
O deputado Milton Hobus, reeleito pelo PSD, disse que “o governo catarinense se manifestou em duas ocasiões perante mais de 50 pessoas que iria resolver a situação da ponte, inclusive concedeu entrevistas sobre o caso, mas não veio nenhum ‘saco de pregos’ até agora, um exemplo de descaso para a região, pois a Ponte das Goiabeiras tem sido arrumada pelos produtores rurais.
Pagamento
O parlamentar informou que a Engenharia Militar, por intermédio do 1º BFv., que está trabalhando na implantação da SC-114, localizada numa das regiões mais inóspitas do Planalto Meridional, e da Serra Catarinense, enfrenta temperaturas, no inverno de – 10º C. Disse também que o general do Exército que coordena os trabalhos, enviou ofício ao Governo de Santa Catarina para que ele(governo) cumpra com o pagamento de R$ 5.190.012,16 previstos no Contrato 1702100/EB. Entretanto, o Estado sinalizou o pagamento de apenas R$ três milhões esse ano”, afirma Hobus.
Grupo
Já o coordenador do Grupo de apoio à construção da Rota “Caminhos da Neve”, bom-jesuense Jaziel de Aguiar, disse que a ponte já caiu quatro vezes e continua aos trapos e a recuperação tem sido feita pelos produtores da região, mas mantém a esperança que lideranças políticas se manifestem com boas notícias. Afirmou ainda que o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, está ciente de tudo isso e prometeu ainda neste ano tentar encaminhar uma solução. Ele entende que o trecho é vital para o fluxo turístico entre as serras de ambos os Estados.
“Um dia, quando tudo estiver pronto, as regiões poderão computar um fluxo aproximado de mil veículos por dia, o que totalizaria cerca de 500 mil turistas anualmente, além dos benefícios da logística para o escoamento da produção regional. A luta é árdua. Mas já esteve em situação pior. A federalização deve agora ter efeito positivo, e, claro, a partir de muito empenho dos políticos nas esferas Estaduais e Federal”, conclui, Jaziel de Aguiar.
Obra
A obra possui um total de 29.4 quilômetros de extensão no lado catarinense. Com o atual Plano de Trabalho, serão concluídos 18 quilômetros de rodovia, totalmente pavimentada e com toda a superestrutura concluída. Restarão 11,4 quilômetros a serem implantados.
“A rodovia estende-se para o lado gaúcho até o município de Bom Jesus (RS), com mais 40 quilômetros a serem implantados. Recentemente a obra foi federalizada atendendo uma solicitação da população serrana gaúcha e catarinense, com vistas ao maior desembolso de recursos, para que seja concluída com mais agilidade, já que é uma importante rota turística e fomentará o desenvolvimento regional
Da redação com Edição de Artur Hugen/Fotos: Divulgação
19 de Novembro, 2024 às 23:56