A gigante do agronegócio Bunge nomeou nesta semana um dos novos integrantes de seu conselho como CEO da empresa e cortou sua previsão de lucro antes de juros e impostos em 2018, diante do agravamento das condições no mercado global.
A Bunge vem lidando com um excesso mundial de grãos que arrastou os preços de produtos agrícolas e reduziu as margens. A guerra comercial entre Estados Unidos e China diminuiu as exportações dos EUA para a China, deprimindo ainda mais as cotações.
Gregory Heckman, sócio-fundador da empresa de investimento privado Flatwater Partners, foi indicado para o posto de CEO como parte de um acordo para aliviar a pressão dos acionistas sobre a administração da Bunge no final do ano passado.
A empresa, que em dezembro anunciou a saída do CEO Soren Schroder, disse que Heckman assume interinamente.
A companhia também cortou nesta terça-feira sua previsão de lucro antes de impostos para o ano de 2018, citando uma queda no valor de suas safras no Brasil.
A Bunge informou que o lucro ajustado antes de juros e impostos em seu segmento agrícola seria de 90 milhões a 100 milhões de dólares, abaixo do esperado e inferior ao piso do intervalo anteriormente previsto.
Para o segmento de açúcar e bioenergia, a previsão ficou em 60 milhões a 70 milhões de dólares.
Isso reduziria o número geral para menos de 1,05 bilhão de dólares, que foi dado como extremo inferior em seu último guidance.
Três membros do conselho --Patrick Lupo, Ernest Bachrach e Enrique Boilini-- não seriam reeleitos, disse a empresa.
Artur Hugen, com Revista Ferroviária/Foto: Divulgação
19 de Novembro, 2024 às 23:56