Em Santa Catarina, a citricultura teve início na segunda metade do século passado, com as primeiras tentativas de cultivo comercial de laranjas, tangerinas e limões.
Na década de 1970, a extinta Associação de Crédito, Assistência Técnica e Extensão Rural de Santa Catarina (Acaresc) implantou o Programa de Fruticultura Tropical, fomentando a implantação de pomares comerciais de citros, inclusive do limão siciliano para extração do óleo essencial da casca.
Seguindo estes passos, a Epagri, sucessora da Acaresc, mantém vários trabalhos direcionados ao cultivo de citros. Além disso, aborda temas desta cadeia produtiva em capacitações para técnicos e empreendedores rurais.
No Planalto Norte, a mais recente ação foi realizada na última semana, em Mafra, com a participação de extensionistas das regionais da Epagri de Mafra e Canoinhas, além de funcionários da Cidasc e Embrapa e demais profissionais interessados.
O tema foi a citricultura de mesa voltada ao Planalto Norte, com destaque para tópicos como cultivares potenciais e tratos fitossanitários no pomar. Na parte teórica, ministrada no período da manhã pelos engenheiros agrônomos Luana Maro (pesquisadora da Estação Experimental da Epagri de Itajaí) e Thiago Romanholi Santiago (Cidasc), foram apresentadas as diversas cultivares com potencialidade produtiva na região e a legislação fitossanitária vigente para a citricultura.
Já no período da tarde foi realizada a parte prática, com visita ao pomar comercial de Joaquim Lima, no qual são conduzidas diversas variedades de tangerinas e laranjas de mesa (sem sementes) testadas e validadas há alguns anos pela Embrapa de Canoinhas. A visita foi de extrema importância para a capacitação, possibilitando o contato efetivo com o pomar e o entrosamento com o citricultor, com temas como gargalos e potencialidades do sistema produtivo destacando-se na visita.
De acordo com a avaliação do Extensionista Rural e Coordenador de Projeto de Fruticultura da Epagri no Planalto Norte, Jânio José Seccon, o evento superou as expectativas e novas demandas na área de citros já estão sendo consideradas. “Temos potencial para aumentar a produção de citros de mesa no Planalto Norte Catarinense, o que possibilita, além da diversificação da propriedade rural, uma renda extra ao produtor familiar. Temos a possibilidade de iniciar uma inovação na citricultura catarinense”, concluiu. “É difícil encontrar um pomar com frutas de qualidade como este em Santa Catarina”, resumiu a pesquisadora Luana Maro.
Artur Hugen, com informações do GSC/Foto:Divulgação
19 de Novembro, 2024 às 23:56