O Rodeio Crioulo e a Marcha de Resistência do Cavalo Crioulo do Rio Grande do Sul podem se tornar manifestações da cultura nacional, caso aprovados os projetos de lei 406 e 408 de 2019, de autoria dos deputados Pompeo de Mattos (PDT-RS) e Afonso Hamm (PP-RS), respectivamente.
Os projetos, aprovados pela Câmara em dezembro do ano passado, chegaram ao Senado este ano e agora aguardam a designação de relator na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).
Os rodeios crioulos são uma tradição histórica do povo gaúcho, que reúne pessoas de todas as faixas etárias. Conforme a justificativa do senador Pompeo de Mattos, só no Rio Grande do Sul ocorrem mais de 300 rodeios crioulos todos os anos, cerca de mil provas de tiro de laço, que reúnem 4,5 milhões de pessoas, com um impacto econômico de mais de R$ 1 bilhão e uma arrecadação tributária de aproximadamente R$ 170 milhões, segundo dados de 2012.
Já a Marcha de Resistência é uma prova seletiva que tem como objetivo selecionar rusticidade, resistência e capacidade de recuperação do cavalo crioulo. Para a realização das provas, os participantes se concentram por 30 dias, para equiparar as condições físicas e nutricionais de todos os animais. Logo depois, observada a saúde do animal, são percorridos 750 quilômetros em 15 dias.
O PL 406/2019 eleva o rodeio crioulo, bem como suas respectivas expressões artístico-culturais e campeiras, como provas de laço, provas de rédeas, danças tradicionais gaúchas poemas e poesias, à condição de manifestações da cultura nacional.
O PL 408/2019 determina que o poder público assegure a livre realização das atividades que compreendem a Marcha da Resistência, bem como a torna uma manifestação da cultura nacional.
Artur Hugen, com Agência Senado/Foto: Divulgação
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19 de Novembro, 2024 às 23:56