Quando Moisés, contra a vontade do Faraó, retirou os judeus do Egito e os conduziu à “Terra Prometida”, o fez para libertar um povo da escravidão e preservar a sua identidade, inclusive e principalmente religiosa. Hoje, os Judeus espalhados pelo mundo através de diásporas, têm, em Israel, a sua pátria e base territorial, onde operam milagres para sobreviver e desenvolver-se.
Geralmente os povos elegem e seguem lideres- seus Moisés- que são homens, ou mulheres, capazes de sintetizar e expressar, com atos e palavras, ou pensamentos e obras, as suas aspirações coletivas. O fenômeno reproduz-se nas menores comunidades, segundo afirmou, de outra maneira, o grande e consagrado escritor russo, Leon Tolstoi, autor de “Ana Karenina” e “Guerra e Paz”…
Santa Catarina, na última eleição, escolheu para liderar o seu firme e permanente desenvolvimento um desconhecido, como político, chamado Moisés… Um militar ligado à corporação dos combatentes do fogo acidental ou indevido…. Eu, que não o conheço pessoalmente e passei a conhecer a sua imagem pela televisão, desejo que ele cumpra as tarefas, para a realização das quais se ofereceu, com eficiência, probidade e respeito ao povo catarinense.
A origem de sua formação e o exercício de sua profissão nos sugerem ser ele um homem de princípios morais rigorosos, de disciplina irretocável, de propósitos sociais atualizados, de noções políticas voltadas à realização do bem comum, de conhecimento de nossa história e das aspirações de nossa gente.
Dirijo-me a ele para dar-lhe ciência de que em São Joaquim, onde recebeu uma surpreendente e expressiva votação, há, pronta há alguns anos, uma excelente pista de pouso de aeronaves, que foi implantada e asfaltada pelo Estado, por iniciativa do ex-Governador Luís Henrique da Silveira, um admirador de São Joaquim. Essa pista está ociosa desde a sua conclusão, por falta de acesso adequado e dos demais acessórios necessários à operação de um aeroporto.
Não me parece aceitável a prorrogação infinita do desuso de um equipamento tão necessário ao desenvolvimento municipal, de custo bastante alto e financiado com recursos do povo catarinense. Ademais, o seu funcionamento impulsionaria o desenvolvimento de uma região economicamente deprimida, embora tenha condições de abrigar expressiva indústria turística, em face das peculiaridades de suas culturas de viníferas especiais e maçãs de reconhecida qualidade, tanto nacional como internacionalmente.
O aeroporto permitiria o acesso rápido à região, como exigem os nossos dias e como demandam os empreendedores dispostos a investir no campo do turismo. Não creio que os joaquinenses se interessem em e disponham de capital para investir na indústria turística, nos volumes e no tempo necessários. Desde jovem, ouço falar no potencial turístico da região e nem por isso, até agora, constatei a existência, sequer de intenções, de empreendedores locais inclinados a aplicar recursos na atividade. Com um aeroporto em operação, possivelmente empreendedores de fora, com experiência no e conhecimento do setor, interessar-se-ão pelo negócio.
19 de Novembro, 2024 às 23:56