A fachada do Congresso Nacional ganhou iluminação cor-de-rosa para lembrar o Dia Internacional da Mulher, na última sexta-feira (8). A data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, mas nasceu no começo do século 20, como um movimento de reivindicação de trabalhadores de fábricas americanas e europeias por seus direitos e melhores condições trabalhistas.
O pedido de iluminação especial foi feito pela senadora Rose de Freitas (Pode-ES).
Em entrevista à TV Senado, Rose de Freitas lamentou os casos de violência contra a mulher que ocupam o noticiário diariamente no país, com vários assassinatos de mulheres. Só no estado do Espírito Santo, foram 169 casos de agressão, somente durante o Carnaval.
— Infelizmente, este Congresso rosa deve ser um sinal de alerta. Enquanto houver impunidade não há o que comemorar. O que é urgente é a punição, não tem soltura para esses bandidos — disse.
A partir do sábado (9), o Congresso voltou a ser iluminado de amarelo e lilás na parte correspondente ao Senado e de azul e verde na parte da Câmara dos Deputados, dentro da campanha “Março em Cores” de conscientização sobre o câncer de cólon.
O Senado também terá várias atividades, a partir do dia 20 até o final do mês, para celebrar a data. De acordo com a diretora-geral da Casa, Ilana Trombka, todos os eventos da programação Março Mulheres são vinculados ao empoderamento e à superação. Está previsto o lançamento de dois volumes da coleção Escritoras do Brasil, na Biblioteca Acadêmico Luiz Viana Filho, onde também será realizada uma exposição sobre a história do voto feminino. Haverá ainda apresentação de indicadores de gênero e raça, o talk show Eles por Elas, sessão especial para a entrega do prêmio Bertha Lutz, além da publicação de posts, durante todo o mês, nas redes sociais do Senado, sobre mulheres que se sentem empoderadas.
— Empoderar vem da expressão em inglês 'to empower' que significa capacitar, fortalecer. Trata-se de propiciar todas as condições para que a mulher se torne mais confiante e consciente de todo o seu potencial — disse a diretora-geral do Senado.
Artur Hugen, com Agência Senado/Foto: Roque de Sá/AS
19 de Novembro, 2024 às 23:56