Produtores catarinenses colhem em média 10 toneladas de alho por hectare na safra 2016/17. O aumento na produtividade levou a uma safra 63,2% maior este ano, mesmo com a redução da área plantada.
Ao todo, na safra 2016/17 os agricultores colheram 20,2 mil toneladas do produto, com expectativa de crescimento para próxima safra. Os números são divulgados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa/Epagri) no Boletim Agropecuário deste mês.
Na safra de alho já encerrada, a área plantada foi reduzida em 10,4%, ficando com 1.952 hectares destinados ao cultivo. Com o rendimento espetacular da colheita, 82,3% superior à safra 2015/16, a queda na área plantada não teve impactos na produção. Isso é resultado da adoção de novas tecnologias, cultivares e manejo da cultura.
Para a próxima safra, as expectativas são de um novo crescimento na colheita, principalmente pelo aumento na área plantada. Com os preços compensadores do alho na safra anterior e a boa produtividade alcançada, os produtores tendem a voltar a investir nessa cultura. Para a safra 2017/18, o Cepa/Epagri projeta uma produção de 25 mil toneladas de alho em 2.415 hectares.
O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, destaca o bom desempenho da agricultura nesta safra. “Tivemos uma safra extraordinária em vários produtos como soja, alho, cebola e arroz. Esse é um diferencial de Santa Catarina, um estado pequeno, com agricultores dedicados, que sempre buscam tecnologias para produzir mais e melhor. Esse é o grande segredo do nosso agronegócio”.
As principais regiões produtoras de alho no estado são Curitibanos e Joaçaba, que tiveram uma produção estimada de, respectivamente, 15 mil toneladas e 5 mil toneladas na safra 2015/16 e esperam um avanço na produção para a próxima safra. As estimativas do Cepa/Epagri são de que em 2017/18, a produção aumente 27% em Curitibanos e 14% em Joaçaba, chegando a 19,1 mil toneladas e 5,9 mil toneladas colhidas.
Para manter a competitividade do alho produzido em Santa Catarina, o Governo do Estado anunciou a redução do ICMS para a comercialização do produto. A alíquota de 12% passa para 1,2% no período de 1ª de abril a 31 de dezembro de 2017. A redução é de 90% na base de cálculo de alho nobre roxo nacional in natura produzido no estado.
Artur Hugen, com informações do GSC/Fotos: Divulgação
19 de Novembro, 2024 às 23:56