As nascentes têm importante papel ambiental: fornecem água para os córregos e rios que abastecem as cidades e são fonte de vida. Em Santa Catarina, um levantamento feito pela Diretoria de Recursos Hídricos da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS) aponta a existência de 170 mil delas em território catarinense.
Sendo assim, proteger os mananciais e promover o uso racional deste bem de valor incalculável são algumas das finalidades do Programa Produtor de Água de Santa Catarina, uma iniciativa da Agência Nacional de Águas, sob responsabilidade da SDS.
“A Secretaria é indutora do desenvolvimento econômico lastreado no respeito ao meio ambiente e da inclusão equitativa da sociedade neste desenvolvimento sustentado ao longo do tempo. Desta forma, propõe políticas públicas abrangentes que permitam a gestão descentralizada e articulada dos recursos hídricos por intermédio de atores locais”, enfatiza o secretário da pasta, Lucas Esmeraldino.
De acordo com o diretor de Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável, Luis Antonio dos Santos, o Programa Produtor de Água de Santa Catarina já impactou, até o momento, os municípios de São Bento do Sul e São Francisco do Sul.
“A bacia hidrográfica do Rio Cubatão (fonte de abastecimento público de água para a região metropolitana de Florianópolis) será a terceira região beneficiada com a elaboração do plano de ação a ser aplicado em áreas prioritárias, com vistas a melhorar a qualidade e quantidade de água nos corpos hídricos. A partir de 2020, outras regiões poderão também se valer de um plano modelo de viabilidade para projetos deste tipo”, explica Santos.
O diretor de Recursos Hídricos da SDS, Bruno Beilfuss, alerta que, nas últimas décadas, o desmatamento de encostas, das matas ciliares e o uso inadequado dos solos têm contribuído para a diminuição dos volumes e da qualidade da água, um bem natural insubstituível na vida do ser humano.
“E a natureza está dando negativamente a sua resposta. Quando um rio é poluído ou degradado, mas suas nascentes estão preservadas, há boas chances de recuperarmos todo o corpo hídrico. Por outro lado, se as nascentes forem destruídas, pouco se pode fazer. Elas são a fonte necessária à vida e devem ser preservadas ou recuperadas a qualquer custo”, avalia Beilfuss.
Sabendo que para a conservação de um rio deve começar pela preservação da nascente, acompanhe abaixo, algumas dicas para conservar as nascentes de Santa Catarina.
Enriqueça a mata que cerca a nascente;
Não construa currais, chiqueiros, galinheiros e fossas sépticas nas proximidades acima das nascentes;
Não desmate o entorno das nascentes;
Não jogue lixo no entorno das nascentes;
Cerque as nascentes a uma distância mínima de 50 metros do olho d’água, evitando a entrada do gado e contaminação da água com o estrume;
Não use adubos e agrotóxicos em áreas de várzea e próximas às nascentes e rios;
Além disso, tudo é questão de consciência. Afinal, a água é um recurso natural insubstituível e que deve ser valorizado e utilizado sem excessos.
Artur Hugen, com Secom/GSC/Foto: Secom Divulgação
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19 de Novembro, 2024 às 23:56