O governo federal vai leiloar no dia 28 de março, na Bolsa de Valores de São Paulo, o traçado da Ferrovia Norte-Sul que compreende Porto Nacional (TO) e Estrela d´Oeste (SP). O corredor logístico será entregue à iniciativa privada pelos próximos 30 anos e prevê cerca de R$ 3 bilhões em investimentos em operação e obras complementares.
Vice-presidente da Frente Parlamentar das Ferrovias, o deputado Jerônimo Goergen (Progressistas-RS) lamenta que o edital não contemple o trecho Sul, que vai de São Paulo ao Porto de Rio Grande.
“Vamos mais uma vez mobilizar nossas lideranças e cobrar a conclusão desse traçado. Do jeito que está ficamos isolados em termos de infraestrutura ferroviária, um atraso logístico que vai retirar muito em competitividade”, alertou. Jerônimo pretende apresentar a demanda ao Secretário Nacional de Transportes Terrestres do Ministério da Infraestrutura, Jamil Megid Júnior. O parlamentar já solicitou uma agenda com o dirigente.
Traçado definido
Ainda em 2015, a Valec concluiu o estudo Evtea Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) sobre o trajeto da Ferrovia Norte-Sul em solo gaúcho. A ferrovia prevê a passagem pelas regiões Noroeste e Central do Rio Grande do Sul até chegar ao Porto de Rio Grande. Entre os municípios pelos quais passará a linha, estão Frederico Westphalen, Palmeiras das Missões, Cruz Alta e Pelotas. O traçado ainda prevê outras cidades abrangidas, entre elas Caiçara, Iraí, Seberi, Boa Vista das Missões e Santa Maria. Para que a ferrovia saia do papel seria preciso a realização do projeto executivo (que deve estimar o custo do empreendimento).
Jerônimo sugere que o projeto seja colocado dentro do plano de concessões do governo federal. O deputado ressalta que, inicialmente, a ferrovia deverá escoar cargas agrícolas e industriais. Contudo, futuramente, não está descartada a possibilidade da realização do transporte de passageiros pelo modal. O deputado ressalta ainda que a ferrovia beneficiará intensamente o porto do Rio Grande, pois permitirá ao complexo atrair cargas de diversas regiões do País.
Artur Hugen, com Apolos Paz/AI/Gabinete/Foto: Divulgação
19 de Novembro, 2024 às 23:56