O Dia Nacional da Caatinga foi celebrado neste domingo (28). Ao homenagear o único bioma totalmente brasileiro, a data visa destacar suas riquezas naturais e conscientizar as pessoas sobre a importância de sua conservação e uso sustentável para o desenvolvimento socioeconômico do país, inclusive por meio do ecoturismo.
A Caatinga tem cerca de 9% de sua área protegida por unidades de conservação (UCs) federais, estaduais e municipais e reservas particulares do patrimônio natural (RPPN), com diversas fisionomias e correspondentes usos para a geração de riquezas.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) responde por diversas iniciativas orientadas para a conservação, a restauração e o uso equilibrado desse patrimônio, em cumprimento à Constituição Federal e às leis ambientais.
Nesse sentido, o MMA é responsável por formular estratégias de atuação nacional pelos entes federados e fomentar a atuação de empreendedores para o enfrentamento da desertificação, fenômeno que alcança 1.490 municípios em 11 estados, numa área de 1.380.000 km2 em que vivem 35 milhões de brasileiros.
Para tanto, o MMA estimula a transformação da cultura do uso dos ambientes naturais e de seus elementos e incentiva a adoção de boas práticas pela população residente nesse importante patrimônio ecológico nacional.
Uma das ações é o Projeto GEF-Terrestre, coordenado pela Secretaria de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, que visa promover a conservação da Caatinga, por meio da gestão de UCs, recuperação de áreas degradadas e medidas para a conservação de espécies. O projeto atua também no Pampa e Pantanal.
Especificamente na Caatinga, o projeto contempla 19 unidades de conservação e executa as ações em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgãos estaduais de meio ambiente, Banco Interamericano de desenvolvimento (BID) e Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).
Novo projeto
Agora, o Ministério prepara mais uma ação para a Caatinga: o lançamento do projeto Circuito do Cangaço, percurso que une diversas localidades dos estados por onde Lampião trilhou caminhos, como a Grota do Angico, em Sergipe (foto ao lado).
O projeto é da Secretaria de Ecoturismo do MMA e tem como principal objetivo fomentar o turismo na região, promovendo, de um lado, as belezas naturais da Caatinga, e, de outro, o desenvolvimento ambiental sustentável da região, por meio da conservação dos recursos naturais e do incentivo ao empreendedorismo e geração de emprego e renda para as comunidades locais.
O Circuito do Cangaço apresenta grande potencial ecoturístico, com as belezas das paisagens da Caatinga, a riqueza de sua biodiversidade, marcada pelas variedades de animais e plantas, como as cactáceas, os esportes aquáticos e de aventura, além de atividades ligadas ao lazer, cultura e história.
Dentre as áreas de destaque, estão o Monumento Natural do Rio São Francisco, com ênfase nos cânions; os Museus do Cangaço em Piranhas (AL), Serra Talhada (PE) e Mossoró (RN), que se somam aos atrativos do Cangaço Eco Parque, em Poço Redondo, do Museu de Arqueologia de Xingó, onde são exibidas peças da pré-história do Baixo São Francisco, e do Monumento Natural Grota do Angico, esses últimos em Sergipe.
O projeto se insere no desenvolvimento de um plano para o ecoturismo em jardins botânicos, envolvendo órgãos e instituições que tratam de temas correlatos, como a educação ambiental, a conservação da biodiversidade e a gestão de áreas protegidas.
A ideia é aproveitar o potencial instalado do conjunto dos jardins botânicos brasileiros. Desse modo, serão propostos diversos jardins botânicos na Caatinga, valorizando o patrimônio ambiental, cultural e histórico do bioma.
Além de atrair turistas do Brasil e do exterior, o fomento de ações para o ecoturismo contribuirá, fortemente, para difundir e valorizar o bioma Caatinga e seu importante papel para o desenvolvimento sustentável da região.
Artur Hugen, com Ascom MMA/Foto: Adriano Gambarini
20 de Dezembro, 2024 às 14:18
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