Nesta terça (7) começam os trabalhos da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a proposta de reforma da Previdência elaborada pelo governo federal. O governo, aliás, tem três grandes desafios nesse estágio crucial para o seguimento da proposta, cada um ligado a uma destas perguntas: quanto? Quando? Quem? Jéssica Sant’Ana dá os detalhes.
Mas os desafios não se restringem à Previdência. A própria reorganização da administração federal, típica de cada novo governo, depende da aprovação do Congresso. No editorial desta terça (7), a Gazeta do Povo comenta as tentativas de minar o governo federal – e a atuação do ministro Sergio Moro – na passagem da MP 870/2019 pelo parlamento. O texto, responsável pela reestruturação dos ministérios, caduca no começo do mês que vem:
Parece uma irresponsabilidade imensa do parlamento sabotar a reforma administrativa do governo federal para mandar um recado sobre a insatisfação com a articulação do Executivo.
Como se não bastasse, o governo de Jair Bolsonaro (PSL) corre o sério perigo de parar no segundo semestre deste ano. Tudo porque uma porção importantíssima do orçamento de 2019 depende da aprovação do Congresso, graças a um “jeitinho” que o governo de Michel Temer (MDB) arranjou para conseguir alocar essas despesas em algum lugar. Na transição entre os governos, a gestão anterior recomendou à atual que a aprovação desses recursos não passasse de março. Bem, você sabe que dia é hoje, né? Fernanda Trisotto explica o que está em risco nessa situação.
Não foi publicado em nenhuma edição do Diário Oficial da União, mas Léo Índio, o sobrinho de Bolsonaro, é, em suas próprias palavras, “interlocutor do governo federal”. Ele, que está empregado no gabinete de um senador de Roraima, ganhando R$ 14,8 mil reais por mês, esteve em outro estado, o Maranhão, para “encaminhar as principais necessidades do povo maranhense ao presidente Jair Bolsonaro”. Madeleine Lackso analisa a missão pseudo-oficial do primo de Carlos, Eduardo e Flávio:
Bom, Léo Índio é livre para viajar sem ter de avisar ninguém (...). E ele decidiu ir ao Maranhão. Eu confesso que amo o Maranhão. Recomendo até que ele volte, como fiz várias vezes. Ocorre que Léo Índio foi a serviço. E não foi a serviço de seu patrão, o povo brasileiro que paga para ele prestar serviços ao gabinete de Chico Rodrigues, representante do Estado de Roraima. Ele foi a serviço do governo federal, onde não é lotado.
O sequestro de bebês era um expediente comum nos regimes militares dos nossos vizinhos latino-americanos, mas até pouco tempo atrás só se tinha conhecimento de um caso no Brasil. Hoje, sabe-se que durante o período da ditadura pelo menos duas dezenas de bebês foram arrancados de suas famílias por militares. Maurício Brum explica por que isso acontecia e qual o impacto dessas revelações hoje.
Se existe um prêmio para a resposta mais evasiva do mundo, chamem Ratinho Junior (PSD) para o pódio. O governador do Paraná, perguntado sobre o corte que desfalcou o orçamento da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em R$ 48 milhões, evitou causar mal-estar com o governo federal e saiu pela tangente. João Frey conta mais.
Pedro Menezes explica como o Ministério da Educação poderia realmente combater sinais de doutrinação nas universidades, em vez de inventar a sua própria balbúrdia:
O MEC preferiu guiar sua comunicação com estratégia de blog politicamente incorreto, insistindo em polêmicas desnecessárias e fazendo mais barulho do que o desejado. Governos deveriam fazer o exato oposto.
Quando custa o pão em Caracas? A Venezuela vive uma dolarização informal da economia que está complicando a vida dos seus habitantes. Para piorar, os comerciantes estão desistindo de fabricar o canilla, o pão mais popular e acessível, para cobrar mais caro por variantes mais sofisticadas do alimento.
Talvez você nunca tenha ouvido a expressão mom-shaming, mas se é mãe é bem possível que tenha passado por isso. Isso acontece quando a vó do bebê ou outros familiares julgam o tempo inteiro a forma como você está desempenhando seu papel de mãe. No Sempre Família, Carla Bastos Dias explica como lidar com essa situação.
Uma cidade inteligente social a preços populares está sendo construída no Rio Grande do Norte – já é o segundo empreendimento do tipo no Brasil. Na HAUS, Luciane Belin conta qual é o diferencial da proposta.
Você acha que um AVC é sempre precedido de dor de cabeça? Acha errado. Saiba mais sobre esse e outros mitos envolvendo o tema na matéria de Carolina Furquim, no Viver Bem.
Artur Hugen, com informações da Gazeta do Povo do Paraná/Foto: Divulgação
19 de Novembro, 2024 às 23:56