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Paraná toma a frente na busca por investimentos chineses

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Reportagem do jornal Valor Econômico destaca iniciativa do governador Carlos Massa Ratinho Junior, que foi a Xangai conversar com empreendedores. Outros oito estados também estão interessados

O Paraná toma a frente entre os estados brasileiros nos contatos com empresas chinesas que tenham interesse em investir no Brasil. Reportagem do jornal Valor Econômico publicada nesta segunda-feira (13) destacou a iniciativa do governador Carlos Massa Ratinho Junior, que esteve em Xangai no final de abril, de iniciar conversas com empresários chineses para viabilizar projetos estaduais.

No encontro com direção da China Communication Construction Company (CCCC) um dos projetos tratados por Ratinho Junior foi a construção de um corredor ferroviário bioceânico, entre os portos de Paranaguá e Antofagasta, no Chile. Executivos chineses devem desembarcar no Paraná ainda neste primeiro semestre para ampliar as conversações.

Pelo menos outros oito estados estão de olho no aporte dos chineses a projetos de infraestrutura, mostra a reportagem. Bahia, Amapá, Alagoas, Pará, Pernambuco, Goiás, Paraíba e Mato Grosso também buscam investidores do país asiático para tirar suas obras do papel e alavancar os investimentos.

Hub logístico

O governador Ratinho Junior está apresentando o projeto do corredor bioceânico com o objetivo de transformar o Paraná no principal hub logístico da América do Sul. A iniciativa foi apresentada para autoridades do Brasil, Chile, Argentina e Paraguai, por onde passará o novo traçado ferroviário.

Ratinho Junior argumenta que a China tem interesse no projeto, em grande parte pela demanda por comida pelo país asiático. O corredor, de acordo com o governador, reduz o tempo de transporte de cargas e barateia o frete, dando mais competitividade ao produto brasileiro.

O mercado chinês é o principal destino das exportações paranaenses, respondendo por 44% do total exportado em 2018. Ratinho Junior salientou que o Paraná está em uma posição geográfica capaz de atender 70% do setor produtivo da América do Sul, já que concentra seis das dez maiores cooperativas agrícolas da América Latina.

Além do corredor ferroviário também estão em discussão com as companhias chinesas investimentos em portos e a concessão de rodovias no Estado.

Artur Hugen, com AEN-Pr/ Foto: Divulgação/ANPR