Celso Maldaner questionou os representantes da FEBRABAN e do Banco Central do Brasil sobre a falta de recursos para empréstimos com juros controlados, visto em especial a necessidade dos produtores rurais

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados debateu nesta semana (14) a cobrança de altas taxas de juros e tarifas pelos bancos, em especial, os juros do cartão de crédito rotativo e do cheque especial que chegam a valores em torno de 300% ao ano.

Presente no debate, o deputado federal Celso Maldaner questionou os representantes da FEBRABAN e do Banco Central do Brasil sobre a falta de recursos para empréstimos com juros controlados, visto em especial a necessidade dos produtores rurais. “Os juros do Brasil são caros, e ainda assim não tem dinheiro para emprestar, Inovagro, Moderagro, Moderfrota o que acontece”, perguntou o deputado.

Maldaner explica que os produtores querem construir aviários, chiqueirões e não conseguem recursos porque o BNDES não tem dinheiro “os recursos foram emprestados para o exterior, inadimplência, como não tem dinheiro? Ele disse ainda que não se pode esperar o Plano Safra, visto que o Brasil precisa crescer, e cresce produzindo, trabalhando. Neste caso, o Ministério da Agricultura diz que é responsabilidade do Ministério da Economia, e vice versa.

Em resposta à pergunta de Maldaner, o Diretor de Políticas de Regulação Prudencial, Riscos e Economia da Federação Brasileira de Bancos - Rubens Sardenberg disse que não tem condições de se manifestar nestes problemas que são atuais, mas destacou que há uma dispersão muito grande de taxas de juros no Brasil, com mercado livre, mercado direcionado, etc por isso, as vezes os números parecem ser diferentes do que na prática são. Para ele, juros são altos no Brasil, mas não são tão altos como as pessoas imaginam se pensar na média das operações, onde as taxas são anuais, especialmente no que diz respeito ao limite de cheque especial, onde as pessoas utilizam apenas quando necessário.

Outros assuntos como Cadastro Positivo e Autonomia do Banco Central também foram citados por Maldaner como instrumentos investidores e desenvolvedores de competitividade de créditos, melhorando o ambiente regulatório.

Ascom Gabinete do deputado Celso Maldaner/Foto:Divulgação