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Após reunião em Pequim, Brasil tem expectativa de habilitação de 78 frigoríficos

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Reunião da ministra Tereza Cristina com o Administrador-Geral das Aduanas da China, Ni Yuefeng, em Pequim

Após reunião da ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e o administrador-geral de Aduanas da China, Ni Yuefeng, o Brasil tem expectativa de 78 frigoríficos receberem autorização para exportar ao mercado chinês.

Na reunião desta quinta-feira (16), em Pequim, ficou fechado que, dentro de uma semana, a equipe do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento irá encaminhar às autoridades chinesas informações finais sobre os estabelecimentos (carnes bovina, suína e de aves), já que os formulários preenchidos pelas empresas estão sendo revisados pelo Mapa.

“Estamos preparados para ampliar a nossa oferta de proteína animal com qualidade ao mercado chinês sem deixar de cumprir os requisitos sanitários previstos no nosso protocolo bilateral”, disse a ministra.

Habilitação contínua

Os dois países também irão estudar processo contínuo de habilitação das empresas, principalmente do setor de carnes. A delegação chinesa pediu agilidade na resolução de pendências dos registros para exportação de pescados e pera. Em troca, o Brasil quer vender melão.

“Quero aumentar substancialmente a confiança mútua nos nossos respectivos sistemas sanitários de inspeção e de quarentena para que novas habilitações de estabelecimentos ocorram de maneira célere e simplificada no futuro”, afirmou Tereza Cristina. 

Ni Yuefeng informou que, no segundo semestre, um comissário virá ao Brasil para trabalhar constantemente com o governo federal e empresas nas questões sanitárias e de quarentena. O comissário ficará na embaixada chinesa para facilitar o diálogo com a equipe do ministério.

Em visita em 2018, técnicos chineses vistoriaram 11 frigoríficos - um foi reprovado e dez tiveram de fornecer informações adicionais. Para o encontro em Pequim, solicitaram ao Brasil a lista dos estabelecimentos autorizados a vender para a União Europeia, que totalizam 33.

Além dessa lista, a comitiva brasileira levou dados sobre estabelecimentos inspecionados, mas que não são habilitados para a União Europeia; lista de produtores de suínos habilitados para outros mercados exigentes como Estados Unidos e Japão e produtores de bovinos, aves e asininos habilitados para outros mercados exigentes, com exceção da União Europeia.

"Seria muito importante que caminhássemos com muitas habilitações, não só das proteínas animais, mas também outros assuntos sobre farelos, leite e frutas. Gostaria que essa parceria fosse constante e também os assuntos do governo chinês, como peixe e frutas. Todos os assuntos bilaterais que temos em andamento”, disse a ministra.

 Exportadores de carnes

O vice-presidente e diretor de mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, disse que a meta é buscar o processo contínuo de habilitação dos frigoríficos. “Celebrar a vitória de construir um método. Não adianta selecionar só alguns”, afirmou Santin, que integra a comitiva brasileira na China.

O presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Péricles Salazar, avaliou que as negociações foram conduzidas com “maestria” pela ministra. Ele sugeriu maior interação entre o ministério e o setor para o preenchimento dos formulários a serem enviados ao governo chinês.

Para a ministra, a reunião com o chefe da Aduana foi um sucesso. “Saio satisfeita com o encaminhamento. Se fecharmos datas, prazos e metodologia, será mais fácil para nós e para eles”, destacou.

FAO

Tereza Cristina reiterou apoio do Brasil ao vice-ministro da Agricultura do país, Qu Dongyu, candidato para o comando da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). “O Brasil vai anunciar seu voto para o candidato da China à presidência da FAO”, destacou. 

A eleição deve ocorrer durante conferência da organização, em Roma, em junho.

Vietnã

Após reuniões na China, a comitiva seguiu para etapa no Vietnã.

Fonte: Coordenação geral de Comunicação Social/Foto Divulgação/Mapa

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Secretário anuncia na Câmara “volume substancial” de recursos para Pronaf na próxima safra

Eduardo Sampaio Marques disse que o ministério quer impedir que ocorra, ano que vem, a mesma falta de recursos para investimentos registrada este ano

Em sessão na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (16), o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eduardo Sampaio Marques, informou que no Plano Safra 2019/2020, que está em negociação, haverá um “volume substancial” de recursos para os pequenos produtores no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), para financiar os programas de investimento com juros equalizados. Sampaio disse que os números ainda não estão fechados, mas que haverá aumento de recursos para que não se repita, no ano que vem, o problema registrado este ano, quando as verbas para investimento do Plano Safra acabaram cedo, muito antes do fim da safra.

O secretário esclareceu que, diferentemente do que tem sido afirmado nas redes sociais, não houve corte de recursos do Pronaf este ano. Todos os recursos disponibilizados para o Pronaf no atual orçamento, fechado ainda no governo Michel Temer, ano passado, foram tomados pelos agricultores, e por isso os financiamentos a taxas subsidiadas foram interrompidos. Sampaio disse que ao focar nos pequenos e médios produtores, o ministério vai dar prioridade ao grande universo de produtores que contraem os financiamentos do plano safra.

Os dados oficiais do Mapa indicam que, dos 859 mil contratos de créditos de custeio fechados no ano passado, 89% são de produtores que pegaram financiamentos de no máximo R$ 200 mil; metade dos contratos são de até R$ 20 mil. Esses números acompanham o perfil do agronegócio brasileiro: dos mais de 5 milhões de produtores rurais brasileiros, metade (2,5 milhões) tem propriedades de até 10 hectares e apenas 50 mil são donos de áreas com mais de 1 mil hectares. Com isso, 92% dos estabelecimentos rurais geram 15% do valor produzido no campo, e os 8% restantes geram 85% do valor produzido. O modelo de crédito rural precisa ser revisto para que mais produtores tenham acesso aos recursos do Plano Safra.

Sampaio também confirmou que o ministério está reforçado o programa de seguro rural, que terá R$ 1 bilhão no próximo Plano Safra Segundo ele, vários países do mundo se movimentaram para aumentar o seguro em detrimento do crédito. Para isso estão sendo criados noivos produtos de seguro para atender aos produtores, garantindo não apenas a indenização em caso de perda da produção por cheias ou secas, mas também uma renda para que o produtor tenha condição de se sustentar e continuar produzindo.

Novos produtos vão segurar o faturamento do produtor, com base nos preços futuros de cada cadeia produtiva. Sampaio informou que o Banco do Brasil acaba de anunciar um seguro específico para a pecuária, que não existia antes. Com o desenvolvimento da indústria de seguros, está sendo pensado também num tipo de plano específico para atender às necessidades dos produtores de arroz. 

Fonte: Coordenação de Comunicação Social