As geadas que se tornam mais frequentes nesta época do ano, somadas à a falta de chuva, aumentam os riscos de incêndios em vegetações de áreas urbanas, rurais e florestais. A Defesa Civil Estadual, o Corpo de Bombeiros e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) alertam que a contribuição da população é essencial para prevenir incêndios.
O presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, explica que os incêndios, principalmente em áreas de florestas, causam prejuízos ao meio ambiente e também à saúde do ser humano. “Quando você coloca fogo em uma área, a vegetação vai se transformar em cinzas, deixando locais descobertos para erosão, mas o principal dano é para a saúde das pessoas e o desgaste de fauna e de flora, o que acarreta ainda a perda de biodiversidade e contribui para o desequilíbrio florestal”, disse.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, somente neste ano foram registradas 3.525 ocorrências. Julho é o mês com o maior número de incêndios – foram 1.013, com um ferido e sem mortes. Antes, o mês que com mais ocorrências era março, como 549 casos. Em 2016 foram atendidas 10.708 ocorrências de incêndios ambientais no Paraná, com oito feridos.
Historicamente, segundo o Corpo de Bombeiros, julho e agosto são os meses de maior incidência. “Durante o inverno, com a diminuição das temperaturas e da quantidade de chuvas, o tempo fica mais seco e a umidade do ar cai muito. Isso torna o ambiente propício para mais incêndios”, explica a responsável pela Comunicação Social do Corpo de Bombeiros, tenente Rafaela Diotalevi .
As geadas, acrescenta ela, também são cruciais para que os incêndios aumentem, pois queimam a vegetação, facilitando o processo de combustão. “Por isso, é necessário que haja um cuidado redobrado para não provocar nenhuma ignição que inicie um incêndio desses, que pode se propagar rapidamente e tomar grandes proporções em instantes”, destacou a tenente.
Mais cuidados
Outras precauções devem ser tomadas para evitar danos ao meio ambiente e riscos ao ser humano: não soltar balões ou fazer fogueiras, não jogar bitucas de cigarro pela janela dos carros, além de outros resíduos, como garrafas de vidro, que podem servir como uma lupa e potencializar a incidência do sol sobre a vegetação.
“Os esforços têm que ser integrados, tanto dos órgãos públicos que atuam nas ocorrências de incêndio quanto da própria população. Nessa época qualquer fagulha pode ser responsável por um grande incêndio florestal, que atinge a fauna, a flora e as pessoas”, disse o subchefe da Seção Operacional da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, tenente MarcosVidal.
“É muito importante que a população também tome os cuidados necessários para não causar incêndios. Balões, por exemplo, são uma prática ilegal. Porém, ainda acontecem e são um grande risco para a incidência de incêndios”, destaca o tenente.
CRIME - O IAP lembra que provocar incêndios em vegetação nativa sem a devida autorização é crime ambiental. O dono do terreno ou a pessoa responsável pelo manejo do fogo pode sofrer as sanções previstas na Lei de Crimes Ambientais e receber multas que variam de acordo com a área queimada.
Artur Hugen, com informações do GPR/imagens: Divulgação
19 de Novembro, 2024 às 23:56