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Em maio, saldo da balança do agronegócio foi de US$ 8,6 bi

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Os destaques foram para a carne bovina e suína in natura, celulose e café verde

As exportações do agronegócio foram de US$ 9,80 bilhões em maio deste ano, recuo de 1,7% em relação ao mês de 2018. A redução das exportações ocorreu principalmente em função da diminuição do índice de preço dos produtos de exportação do agronegócio brasileiro, de 9,1%.

De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o índice de quantum (volume) contribuiu para evitar uma queda maior do valor exportado, registrando elevação de 8,1%.

A participação do agronegócio na balança comercial brasileira de maio recuou de 51,6% para 46,1%, devido à queda das exportações do agronegócio em 1,7% e a elevação das exportações dos demais setores em 22,5%

As importações de produtos do agronegócio, por sua vez, subiram de US$ 1,08 bilhão em maio de 2018 para US$ 1,18 bilhão em maio de 2019. O saldo da balança comercial do Agronegócio ficou em US$ 8,6 bilhões.

Os produtos agropecuários que tiveram recorde em quantidade vendidas ao exterior para o mês de maio, desde a séria histórica de 1997, foram a carne bovina e suína in natura, celulose e café verde.

As vendas externas de carne bovina in natura alcançaram 123 mil toneladas, com destaque para três mercados: Emirados Árabes (+7,8 mil toneladas), Rússia (+7,1 mil toneladas) e China (+6,2 mil toneladas).

Quanto à carne suína, os casos de Peste Suína Africana (PSA) já estão gerando impacto nas exportações brasileiras, de acordo com a SCRI/Mapa. Alguns mercados mereceram evidência quanto ao incremento da quantidade exportada em maio: China (+7,2 mil toneladas), Rússia (+3,1 mil toneladas), Chile (+2,1 mil toneladas) e Vietnã (+1,8 mil toneladas).

O principal produto exportado pelo setor de produtos florestais foi a celulose, com recorde na quantidade exportada de 1,58 milhões de toneladas para maio. Também o valor de US$ 859,18 milhões em celulose (+18,0%) foi recorde. Praticamente a metade das exportações de celulose brasileira foi adquirida pela China, que comprou US$ 413,52 milhões do produto (+52,3%) ou 784,5 mil toneladas.

O Brasil exportou US$ 438,3 milhões no setor de café (+71,7%), com forte expansão da quantidade exportada de 205 mil toneladas do grão (125%), embora os preços internacionais dos produtos do setor tenham caído, em média, 23,7%. O café verde teve incremento de 130% na quantidade embarcada, recorde para todos os meses de maio, desde 1997, totalizando 196 mil toneladas.

Confira a nota e o resumo da balança comercial do Agronegócio - Confira o Agrostat - Sistema de Estatísticas de Comercio Exterior do Agronegócio Brasileiro

Inez De Podestà/Coordenação-geral de Comunicação Social/Fotos: Tânioa Rêgo/Agência Brasil/Divulgação
 

Mais de 37 mil produtores serão beneficiados em junho com o programa Garantia-Safra

Um total de 37.579 produtores de Pernambuco, Paraíba e Minas Gerais, receberão R$ 58,1 milhões em junho, referentes ao programa Garantia-Safra 2017/18. O repasse foi autorizado pela Portaria 2.637, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), publicada nesta quarta-feira (12), no Diário Oficial da União.

Desde dezembro de 2018 até agora já foram pagos R$ 232,87 milhões aos agricultores familiares atingidos sistematicamente pela seca nas regiões Nordeste, no Norte dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo.

Têm direito a receber o benefício os agricultores com renda mensal de até 1,5 salário mínimo, quando tiverem perdas de produção superiores a 50%. O Garantia-Safra prevê o repasse de R$ 850, divididos em cinco parcelas de R$ 170, que são depositadas diretamente no cartão do Bolsa Família, seguindo o calendário de pagamentos definido pela Caixa Econômica Federal.

Para participar do Garantia-Safra é necessário que, anualmente, estados, municípios e agricultores façam a adesão ao programa, por meio da inscrição e o pagamento anual de aportes que tem valores iguais a R$ 17 para agricultores; R$ 51 para os municípios; R$ 102 para os estados; e R$ 340, no mínimo, para a União.

Para que o município possa receber este benefício, há a necessidade da confirmação de perda superior a 50% em pelo menos dois dos quatro indicadores: informações dos laudos amostrais; penalização hídrica calculada pelo Inmet; Índice de Suprimento de Água para o Crescimento Vegetal (ISACV/Cemaden); e Perda calculada com informação do LSPA (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola) e da PAM (Produção Agrícola Municipal), ambos do IBGE.

Janete Pires/Coordenação-geral de Comunicação Social/Foto: Divulgação