Bancada Sulista

Bancada Sulista

NOTÍCIAS

REFLEXO DA CRISE: Mais de 715 mil empresas fecharam definitivamente em junho; 99,2 % delas eram de pequeno porte

Tamanho da letra A+ A-
Lojas do centro de POA fechadas

(Brasília-DF, 16/06/2020)  O mês de junho/2020 foi de melhora de vários números a ponto de muitos arriscarem dizer que o pior momento da pandemia do covid-19 passou na economia.  O IBGE divulgou os primeiros resultados da “Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas”.  Os números apontam que  1,3 milhão de empresas que estavam fechadas (temporária ou definitivamente) na primeira quinzena de junho, 522,7 mil (39,4%) encerraram suas atividades por causa da pandemia, sendo que 518,4 mil (99,2%) eram de pequeno porte (até 49 empregados), 4,1 mil (0,8%) de porte intermediário (de 50 a 499 empregados) e 110 (0%) de grande porte (mais de 500 empregados). Ainda entre as empresas encerradas por causa da pandemia, 258,5 mil (49,5%) delas eram do setor de Serviços, 192,0 mil (36,7%) do Comércio, 38,4 mil (7,4%) da Construção e 33,7 mil (6,4%) da Indústria.

Estima-se que o Brasil tinha 4,0 milhões de empresas,  ainda na primeira quinzena de junho, sendo 2,7 milhões (67,4%) em funcionamento total ou parcial, 610,3 mil (15,0%) fechadas temporariamente e 716,4 mil (17,6%) encerradas em definitivo.

Entre as que estavam com atividades encerradas definitivamente, independente de motivo, as de menor porte (715,1 mil ou 99,8%) foram as mais atingidas, enquanto 0,2% (1,2 mil) eram intermediárias e nenhuma era de grande porte. Já nos setores, o de Serviços (46,7% ou 334,3 mil) teve a maior proporção de empresas encerradas em definitivo, seguido por Comércio (36,5% ou 261,6 mil), Construção (9,6% ou 68,7 mil) e Indústria (7,2% ou 51,7 mil).

Efeitos negativos da Covid

Do total de empresas em funcionamento, 70,0% informaram que a pandemia teve impacto negativo, 16,2% declararam que o efeito foi pequeno ou inexistente e 13,6% disseram que o impacto foi positivo. Os efeitos negativos foram percebidos por 70,1% das empresas de pequeno porte, 66,1% das intermediárias e 69,7% das de grande porte. Entre os setores, essa percepção negativa foi de 74,4% entre as empresas de Serviços, 72,9% da Indústria, 72,6% da Construção e 65,3% de Comércio.

Vendas

Segundoi a pesquisa, sete em cada dez empresas em funcionamento (70,7%) na primeira quinzena de junho  sentiram queda nas vendas por conta da pandemia em relação a março, quando começaram as medidas de isolamento para combater o novo coronavírus.

Já 17,9% disseram que o efeito foi pequeno ou inexistente e 10,6% afirmaram aumento nas vendas com a pandemia. A queda nas vendas foi sentida por 70,9% das companhias de pequeno porte, 62,9% das intermediárias e 58,7% das de grande porte. Para os setores, o recuo nas vendas foi sinalizado por 73,1% das empresas de Construção, 71,9% de Serviços, 70,8% de Comércio e 65,3% da Indústria.

Produção

Quanto  à produção, 63,0% das companhias tiveram dificuldade de fabricar produtos ou atender clientes, 29,9% relataram não haver alteração significativa e 6,9% tiveram facilidade. Já 60,8% encontraram dificuldades de acesso aos fornecedores, 30,2% informaram não haver alteração significativa e 5,7% encontraram facilidade. Enquanto 63,7% tiveram dificuldades para realizar pagamentos de rotina, para 33,1% não houve alteração significativa e 2,3% encontraram facilidade.

Tributos

Estima-se que 1,2 milhão (44,5%) das empresas em funcionamento adiaram o pagamento de impostos desde início de março, sendo que mais da metade (51,9%) considerou ter recebido apoio do governo na adoção dessa medida. Aproximadamente 347,7 mil (12,7%) empresas conseguiram crédito emergencial para pagamento da folha salarial desde o início da pandemia. Desse total, quase sete em cada dez (67,7%) consideraram ter tido apoio do governo na adoção dessa medida.

Cerca de 32,9% das organizações alteraram o método de entrega de seus produtos ou serviços, incluindo a mudança para serviços online, e 20,1% lançaram ou passaram a comercializar novos produtos e/ou serviços desde o início da pandemia.

Pessoal ocupado

Quanto ao pessoal ocupado, pouco mais de seis em cada dez empresas em funcionamento (61,2%) mantiveram o número de funcionários em comparação ao início de março, porém 34,6% indicaram redução no quadro e 3,8% aumentaram o número de empregados. Já entre as 948,8 mil empresas que reduziram a quantidade de empregados, 37,6% diminuíram em até 25% seu pessoal, 32,4% entre 26% e a metade (50%) e 29,7% encolheram seu quadro em mais da metade (acima de 50%).

Entre as demais medidas adotadas pelas empresas, nove em cada dez empresas (91,1%) realizaram campanhas de informação e prevenção e adotaram medidas extras de higiene nas suas atividades. Observa-se também que 38,4% implementaram trabalho domiciliar (teletrabalho, trabalho remoto e trabalho à distância) e 35,6% anteciparam férias dos funcionários. Já três em cada dez (32,4%) adotaram pelo menos uma medida em relação aos impactos da Covid-19 com apoio do governo.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)