(Brasília-DF, 17/07/2020) Com a divulgação na primeira semana de junho em que dados econômicos mostravam algum tipo de melhora na economia, alguns arriscaram dizer que o pior tinha passado. A pesquisa “Pnad Contínua Covid”, voltada para analisar o cenário econômico e social em meio a pandemia divulgada na manhã desta sexta-feira, 17, revela que o desemprego não dá tréguas e a ocupação ganhou destaque no final de junho.
A PNAD COVID19 estimou em 82,5 milhões a população ocupada do país na semana de 21 a 27 de junho, com queda em relação à semana anterior (84,0 milhões de pessoas) e em relação à semana de 3 a 9 de maio (83,9 milhões de pessoas). Entre esses, 8,6 milhões (ou 12,4% dos ocupados) trabalhavam remotamente, contingente que ficou estatisticamente estável em relação à semana anterior (8,7 milhões ou 12,5%) e, também, em relação à semana de 3 a 9 de maio (8,6 milhões ou 13,4%).
O nível de ocupação foi de 48,5%, com queda frente à semana anterior (49,3%) e em relação à semana de 3 a 9 de maio (49,4%).
A proxy da taxa de informalidade foi de 34,5%, estável em relação à semana anterior (33,9%), porém recuando frente à semana de 3 a 9 de maio (35,7%).
Cerca de 10,3 milhões (12,5% da população ocupada) estavam afastados do trabalho devido ao distanciamento social. Esse contingente teve redução em relação à semana anterior (11,1 milhões ou 13,3% da população ocupada) e também frente à semana de 3 a 9 de maio (16,6 milhões ou 19,8% dos ocupados).
A população desocupada foi estimada em 12,4 milhões de pessoas e ficou estatisticamente estável frente à semana anterior (11,7 milhões), mas cresceu em relação à semana de 3 a 9 de maio (9,8 milhões). Com isso, a taxa de desocupação ficou em 13,1% para o período de 21 a 27 de junho, uma alta em relação à semana anterior (12,3%) e frente à primeira semana de maio (10,5%).
A taxa de participação na força de trabalho ficou em 55,8% entre 21 e 27 de junho, o que indica estabilidade em relação à semana anterior (56,2%), mas aumento na comparação com a primeira semana de maio (55,2%).
Já a população fora da força de trabalho (que não estava trabalhando nem procurava por trabalho) era de 75,1 milhões de pessoas, com estabilidade estatística em relação à semana anterior (74,5 milhões) e à semana de 3 a 9 de maio (76,2 milhões). Nessa população, cerca de 26,9 milhões de pessoas (ou 35,9% da população fora da força de trabalho) disseram que gostariam de trabalhar. Esse contingente ficou estável em relação à semana anterior (26,4 milhões ou 35,4%) e frente à semana de 3 a 9 de maio (27,1 milhões ou 35,5%).
Cerca de 17,8 milhões de pessoas fora da força que gostariam de trabalhar e não procuraram trabalho, não o fizeram por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam. Elas correspondiam a 66,2% das pessoas não ocupadas que não buscaram por trabalho e gostariam de trabalhar. Esse contingente ficou estável em relação à semana anterior (17,3 milhões ou 65,8%), mas caiu em comparação com a semana de 3 a 9 de maio (19,1 milhões ou 70,7%).
( da redação com informações de assessoria)
19 de Novembro, 2024 às 23:56