(Brasília-DF, 21/10/2020) Na manhã desta quarta-feira, 21, em resposta a um internauta em sua conta no Facebook, ele disse que a vacina CoronaVac - desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e que será produzido pelo Instituto Butantã, de São Paulo, e que teve a garantia do ministro Eduardo Pazuello, da Saúde, nessa terça-feira, 19, em declaração a governadores - que seria adquirida via Sistema Único de Saúde(SUS) – não será adquirida. Em declaração a internauta disse que via traição nesse movimento de Pazuello.
"NÃO SERÁ COMPRADA", escreveu Bolsonaro em letras maiúsculas.
Outro internauta acusou Pazuello de traí-lo com o acordo de compra da vacina e disse que Bolsonaro havia se enganado mais uma vez com alguém de sua equipe.
"Qualquer coisa publicada, sem comprovação, vira TRAIÇÃO", reagiu o presidente.
"Tudo será esclarecido hoje. Tenha certeza, não compraremos vacina chinesa. Bom dia", disse Bolsonaro.
Mais tarde no Twitter, também nesta manhã, ele se manifestou falando que a CoronaVac era a vacina chinesa, dando um caráter partidário pois João Dória, govenador de São Paulo, é um adversário político.
“A VACINA CHINESA DE JOÃO DORIA
- Para o meu Governo, qualquer vacina, antes de ser disponibilizada à população, deverá ser COMPROVADA CIENTIFICAMENTE PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE e CERTIFICADA PELA ANVISA.”
- O povo brasileiro NÃO SERÁ COBAIA DE NINGUÉM. (continua)”, disse ,inicialmente.
Ele, em seguida, disse que não iria faze a compra.
“- Não se justifica um bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou sua fase de testagem.
- Diante do exposto, minha decisão é a de não adquirir a referida vacina.”, finaliou.
Governadores
A reunião dessa terça-feira, 20, do ministro Eduardo Pazuello com 24 governadores foi marcada pela satisfação dos chefes de executivos estaduais com o anúncio de que o SUS poderia fazer aquisição de mais vacinas para enfentar o novo coronavirus. Com a divulgação da informação de que o Presidente Jair Bolsonaro estaria desautorizando essa tomada de posição fez governadores se manifestarem.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande(PSB), foi o primeiro a se manifestar destacando que não deveria haver ideologia nessa questão.
“Salvar vidas e libertar os brasileiros do coronavírus são objetivos que devem unir todos nós. Adquirir as vacinas, que primeiro estiverem a disposição, deve ser a meta primordial. Nesse contexto não há espaço para discussão sobre assuntos eleitorais ou ideológicos.”, disse.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, também se manifestou.
“A definição sobre a inclusão de vacinas contra o COVID-19 no Programa Nacional de Imunização deve ser feita com análise eminentemente técnica (e não política!), observando viabilidade, segurança e agilidade para atender a população.”, afirmou
( da redação com informações de redes sociais. Edição: Genésio Araújo Jr)
19 de Novembro, 2024 às 23:56