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CPI DA PANDEMIA: Mayra Pinheiro, respondendo Jorginho Mello, reconheceu que a cloroquina não cura a covid-19, mas é uma opção para os pacientes que assim desejarem seu uso

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Jorginho Mello( Foto:( foto: Jefferson Rudy/ Ag. Senado)

(Brasília-DF, 25/05/2021)  A médica Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Ministério da Saúde, nesta terça-feira, 25, na CPI da Pandemia no Senado, foi questionada pelo vice-líder do Governo, senador Jorginho Mello (PL-SC) porque ela, mesmo sabendo das incertezas científicas do tratamento precoce para o covid-19, fazia a defesa dele.   Ela reconheceu que os medicamentos não curavam do vírus, mas era válido frente a situação desde que os pacientes quiserem fazer seu uso.

“A gente não está dizendo que essas medicações curam a Covid – é preciso ficar claro –, mas elas trazem a possibilidade de que a gente tenha para aqueles pacientes que quiserem fazer uso e para os médicos que têm o direito de exercer a sua autonomia, a possibilidade de a gente reduzir internamentos e óbitos, que é o que todos nós queremos

 

Veja a íntegra das notas traquigráficas do diálogo entre o senador de Santa Catarina e a médica cearense:

 

O SR. JORGINHO MELLO (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) – Muito bem.

Por que a senhora é a favor do tratamento precoce? É a favor mesmo diante do ambiente de incertezas científicas quanto à comprovação da eficácia das medicações previstas na nota normativa? Eu queria que a senhora explicasse, um pouquinho mais devagar, isso para as pessoas que estão nos vendo?

A SRA. MAYRA PINHEIRO – Pois não. Como a gente já mencionou antes, nós temos a evidência e a eficácia de um produto, no caso de uma molécula, de uma medicação; ela é dada a partir da sua comprovação com ensaios clínicos, com experiências clínicas. Hoje, nós já temos uma grande quantidade de evidências clínicas, mostrando que essas medicações, inclusive, isso já é quantificado em metanálises... No caso da hidroxicloroquina, existem trabalhos que provam; metanálises constituídas a partir de estudos randomizados, que são estudos considerados os mais adequados, mostrando que ela pode reduzir em até 24% as hospitalizações, por exemplo. No caso da ivermectina, que é outra dessas medicações, esses estudos das metanálises mostram que pode haver redução de hospitalizações e óbitos em até 65%, 60%. Então, esse critério é importante, é o que norteia os médicos. A gente não está dizendo que essas medicações curam a Covid – é preciso ficar claro –, mas elas trazem a possibilidade de que a gente tenha para aqueles pacientes que quiserem fazer uso e para os médicos que têm o direito de exercer a sua autonomia, a possibilidade de a gente reduzir internamentos e óbitos, que é o que todos nós queremos

( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)