(Brasília-DF, 08/03/2022) O presidente Jair Bolsonaro(PL) falou ontem,07, numa entrevista exclusiva a Rádio Folha (FM 100.3), emissora pertencente ao Grupo Folha de Comunicação de Roraima. Ele falou sobre temas de interesse regional, mas a Política Real destaca a questão dos combustíveis e gás. Ele afirmou que o Governo vai influir nos preços e vai definir um valor fixo e que a diferença nos aumentos será bancada pela Petrobras. A posição do Governo ainda não está clara.
“Agora aparece a questão do petróleo. É grave, mas dá para resolver, no meu entender. Estamos tomando medidas porque é algo anormal. O barril do petróleo saiu da casa dos 80 [dólares] para 120 dólares”, disse Bolsonaro. Na verdade, o preço do barril brent, o mais popular no mundo chegou a US$ 139 na madrugada desta segunda-feira, 07.
Assim segundo Bolsonaro, o governo pretende estabelecer um valor fixo para os combustíveis e o que passar desse valor seria custado com recursos dos fundos da Petrobras.
“Agora, tem uma legislação errada feita lá atrás, em que você tem uma paridade do preço internacional( PPI). Ou seja, o que é tirado do petróleo leva-se em conta o preço fora do Brasil. Isso não pode continuar acontecendo. Estamos vendo isso aí, sem ter nenhum sobressalto no mercado. Está sendo tratado hoje à tarde em mais uma reunião”, afirmou.
Os preços dos combustíveis no Brasil foram controlados por anos, em especial durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Em 2016, sob comando de Pedro Parente, indicado por Michel Temer (MDB), a estatal passou a adotar o preço da paridade de importação (PPI), com alinhamentos dos preços praticados pela Petrobras ao mercado internacional.
“Alternativa a gente tem. Nós somos autossuficientes em petróleo. Leis feitas erradamente lá atrás atrelaram o preço do barril produzido aqui ao preço lá de fora. Esse é o grande problema. Nós vamos buscar uma solução para isso de forma bastante responsável”, prosseguiu o mandatário.
Bolsonaro afirmou ainda que, se o repasse for feito aos consumidores, o aumento será de algo em torno de 50%, o que ele considera inadmissível. “Se você for repassar isso para o preço dos combustíveis, tem que dar um aumento de em torno de 50% dos combustíveis. Não é admissível”, pontuou. “A população não aguenta alta nesse percentual aqui no Brasil”, concluiu.
Senado
O senador Jean Paul Prates(PT-RN) relator dos projetos que deverão ir a votação nesta quarta-feira,09, e tratam da volatividade dos preços dos combustíveis e gás comentou as declarações do presidente Jair Bolsonaro.
“Bolsonaro finalmente anunciou que pode mexer na “Política de Preços da Petrobras”… Ele deve estar bastante preocupado com o péssimo desempenho nas pesquisas e viu na desdolarização dos combustíveis uma saída para tentar reverter sua baixa popularidade.”, afirmou,
Ele falou mais em declaração a imprensa e fez publicação no Twitter.
“O PT defende há anos que a PPI é prejudicial ao país e ao consumidor. Bolsonaro, movido por interesses eleitorais, faz movimentos pela derrubada desta política. Resta ver até onde o governo avança. Convocamos a Petrobras para explicar ao Senado os lucros astronômicos da empresa.”, disse.
(da redação com informações da Rádio Folha e de Twitter. Edição: Genésio Araújo Jr.)
19 de Novembro, 2024 às 23:56