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Lula defende a soberania nacional em vários momentos, que se tem que governar com amor ao povo e que não terá rancor para governar; ele citou Roberto Requião, o pré-candidato do Paraná

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Lula no lançamento de sua pré-candidatura ( Foto: Imagem de Streaming)

(Brasília-DF, 07/05/2022)  O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT) fez seu discurso de lançamento de sua pré-candidatura à Presidência da República, no pavilhão ExpoNorte em São Paulo, Capital. Ele defendeu o Lula com Chuchu que vai virar moda, logo após a fala de Geraldo Alckmin no final da manhã deste sábado,07. Em seguida, Lula fez uma fala em que falou vária veze a palavra soberania, algo muito caro a questão de Estado garantida pela Forças Armadas e com grande apelo internacional e aos próprio temas de centro-esquerda.

Ele defendeu que é necessário governar com amor, que o líder deve e emocionar com a população e que não tem ódio e rancor apesar de tudo que viveu.  Lula, que defendeu as conquistas de seus governo, disse que tem muito orgulho de ter Geraldo Alclkmin como seu vice.

O ex-presidente Lula citou neste sábado  o ex-senador Roberto Requião, pré-candidato ao governo do Paraná, durante lançamento do movimento ‘Vamos Juntos pelo Brasil’.

“Quando eu vi toda a briga de Requião em defesa da soberania… Você é um jovem de 81 anos e vai viver o suficiente para a gente comemorar junto, em praça pública, a recuperação da soberania brasileira”, disse Lula.

O ex-presidente ainda disse Requião o inspirou na luta pela recuperação da economia brasileira.

“Eu sonho com isso. Por isso [a recuperação da soberania] estou voltando a esta briga “afirmou Lula.

Requião foi o único pré-candidato citado por Lula no encontro que lançou o movimento plural e suprapartidário.

 

Veja os melhores momentos da fala de Lula em discurso:

 

“Lula e Chuchu vai ser o prato predileto de 2022 e vai ser o prato da moda no Palácio do Planalto a partir de 2022!

A mais importante lição que aprendi em 50 anos de vida pública, oito dos quais presidindo este país, é que governar deve ser um ato de amor.

A principal virtude de um bom governante é a capacidade de viver em sintonia com as aspirações e os sentimentos das pessoas, especialmente das que mais precisam. É se alegrar com cada conquista, com cada melhora na qualidade de vida do povo que ele governa.

Eu compartilho a felicidade da família que, graças ao Minha Casa, Minha Vida, toma pela primeira vez nas mãos a chave da tão sonhada casa própria, depois de uma vida inteira morando de aluguel em condições precárias.

A principal virtude de um bom governante é a capacidade de viver em sintonia com as aspirações e os sentimentos das pessoas, especialmente das que mais precisam. É se alegrar com cada conquista, com cada melhora na qualidade de vida do povo que ele governa.

A mais importante lição que aprendi em 50 anos de vida pública, oito dos quais presidindo este país, é que governar deve ser um ato de amor.

A principal virtude de um bom governante é a capacidade de viver em sintonia com as aspirações e os sentimentos das pessoas, especialmente das que mais precisam. É se alegrar com cada conquista, com cada melhora na qualidade de vida do povo que ele governa.

Eu compartilho a felicidade da família que, graças ao Minha Casa, Minha Vida, toma pela primeira vez nas mãos a chave da tão sonhada casa própria, depois de uma vida inteira morando de aluguel em condições precárias.

Me emociono com a mãe que viveu anos à luz de lamparina e com o Luz para Todos pode ver a serenidade do filho dormindo. Ou com a avó que era obrigada a partir um lápis em dois e que com o Bolsa Família pode comprar material escolar completo para a neta.

Eu comemoro junto com os filhos dos trabalhadores que se tornaram doutores, graças ao ProUni, ao FIES e à política de cotas na universidade pública. Mas não basta ao bom governante sentir como se fossem suas as conquistas do povo sofrido.

Para governar bem, um governante precisa ter a sensibilidade de sofrer com cada injustiça, cada tragédia individual e coletiva, cada morte que poderia ser evitada. Infelizmente, nem todo governante é capaz de entender, sentir e respeitar a dor alheia.

Não é digno do título o governante incapaz de verter uma única lágrima diante de seres humanos revirando lixo em busca de comida, ou dos mais de 660 mil brasileiros e brasileiras mortos pela Covid. Pode até se dizer cristão, mas não tem amor ao próximo

Em 2003, disse que se, ao final do meu mandato, todos tivessem café da manhã, almoço e janta, eu teria cumprido a missão da minha vida. Travamos contra a fome a maior das batalhas, e vencemos. Mas hoje sei que preciso cumprir a mesma missão.

Nossa soberania e democracia são constantemente atacadas pela política irresponsável e criminosa do atual governo. Desmontam, sucateiam e colocam à venda nossas empresas mais estratégicas. Entregam de mão beijada o patrimônio do povo brasileiro

É mais do que urgente restaurar a soberania. Mas isso não se resume à importantíssima missão de resguardar nossas fronteiras. É também defender nossas riquezas minerais, nossas florestas, nossos rios, nossos mares, nossa biodiversidade.

Defender nossa soberania é também recuperar a política altiva e ativa que elevou o Brasil à condição de protagonista no cenário internacional. Éramos um país soberano, respeitado no mundo, que falava de igual para igual com países mais ricos e poderosos.

Defender nossa soberania é defender a integração da América do Sul, América Latina e Caribe. Fortalecer o Mercosul, a UnaSul, a Celac e os BRICS. Estabelecer livremente as parcerias que forem melhores para o país. É lutar por uma nova governança global.

O resultado desse desmonte é que somos autossuficientes em petróleo, mas pagamos por uma das gasolinas mais caras do mundo, cotada em dólar, enquanto os brasileiros recebem os seus salários em real.

Defender a soberania é defender a Eletrobrás, maior empresa de geração de energia da América Latina, dos que querem o Brasil submisso. Mais esse crime de lesa-pátria seria uma perda para nossa soberania energética.

Defender nossa soberania é defender os bancos públicos. Garantir o crédito barato a quem quer produzir e gerar empregos. Financiar obras de saneamento e a construção de casas. Apoiar a agricultura familiar e os pequenos e médios produtores rurais.

Defender a soberania é defender universidades e instituições de apoio à ciência e à tecnologia. Nos nossos governos, mais que triplicamos os recursos para CNPq, Capes e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

O atual governo não cuida da infraestrutura que este país precisa. Paralisaram obras importantes que estavam em andamento. Tentam se apropriar de outras que receberam praticamente concluídas. É o caso da Transposição do São Francisco

Defender a soberania é defender a Amazônia da política de devastação do atual governo. Nos nossos governos, reduzimos em 80% o desmatamento da Amazônia, contribuindo para diminuir a emissão dos gases de efeito estufa que provocam o aquecimento global.

Cuidar do meio ambiente é, antes de tudo, cuidar das pessoas. Buscar a convivência entre o desenvolvimento econômico e o respeito à flora, à fauna e aos seres humanos. A transição para um novo modelo de desenvolvimento sustentável é um desafio planetário.

Defender a soberania é garantir a posse de suas terras aos povos indígenas, que estavam aqui anos antes da chegada dos portugueses, e que foram capazes de cuidar delas melhor do que ninguém. E agora estão vendo seus territórios invadidos ilegalmente.

É dever do Estado garantir a segurança e o bem-estar de todos os seus cidadãos e cidadãs, que merecem – e devem – ser tratados com respeito. Nunca um governo como este que aí está estimulou tanto o preconceito, a discriminação e a violência.

Nenhum país será soberano enquanto mulheres continuarem a ser assassinadas por serem mulheres. Pessoas continuarem a ser espancadas por sua orientação sexual. Enquanto não forem combatidos com rigor o extermínio da juventude negra e o racismo estrutural.

Somos o terceiro maior produtor mundial de alimentos. Somos o maior produtor de proteína animal do mundo. Produzimos comida em quantidade mais do que suficiente para garantir alimentação de qualidade para todos. No entanto, a fome voltou ao nosso país

É preciso avançar numa legislação que garanta os direitos dos trabalhadores. Que estimule a negociação em bases civilizadas e justas entre patrões e empregados. Que contribua para criar melhores empregos, e faça girar a roda da economia.

Não é possível que o reajuste da maioria das categorias fique abaixo da inflação. Não é possível que o salário mínimo continue perdendo poder de compra. Nos nossos governos ele subiu 74% acima da inflação, aumentando o consumo e aquecendo a economia.

Se os trabalhadores não têm dinheiro para comprar, os empresários não tem para quem vender. Isso leva ao que assistimos hoje: o fechamento de fábricas em São Paulo, na Bahia, na Zona Franca de Manaus e outras regiões, e multinacionais deixando o Brasil.

Nos nossos governos, triplicamos os investimentos em educação. Saltaram de R$ 49 bilhões em 2002 para R$ 151 bilhões em 2015. Mas o atual governo vem reduzindo a cada ano. O resultado é que o orçamento do MEC para 2022 é o menor dos últimos dez anos

Hoje faltam investimentos, profissionais e medicamentos. Sobram doenças e mortes que poderiam ser evitadas. Não fossem o SUS e os corajosos trabalhadores e trabalhadoras da saúde, a irresponsabilidade do atual governo na pandemia teria custado mais vidas.

Criamos o Samu, o Farmácia Popular, UPAs 24 horas. Fizemos o Mais Médicos e levamos profissionais da saúde às periferias. Nós praticamente dobramos o orçamento da saúde, de R$ 64 bilhões e 800 milhões em 2003 para R$ 120 bilhões e 400 milhões em 2015.

A arte preenche nossa existência. Não haverá soberania enquanto o atual governo continuar tratando a cultura e os artistas como inimigos a serem abatidos, e não como geradora de riqueza para o país e um dos maiores patrimônios do povo brasileiro.

Nos nossos governos, deixamos de ser o país do futuro, para construirmos nosso futuro no dia a dia, em tempo real. Mas o atual governo fez o Brasil despencar para a 12ª posição do ranking das maiores economias.

Viver ficou muito mais caro. Os trabalhadores e a classe média também foram atingidos em cheio pelo aumento descontrolado da gasolina, dos alimentos, dos planos de saúde e das mensalidades escolares, entre tantos outros custos que não param de subir

 

Muitas famílias estão se endividando não para pagar a viagem de férias com os filhos, ou a reforma da casa própria, ou a compra de uma televisão nova. Elas estão se endividando para comer. Ou seja: o Brasil voltou a um passado sombrio que havíamos superado.

É para conduzir o Brasil de volta para o futuro, nos trilhos da soberania, do desenvolvimento, da justiça e da inclusão social, da democracia e do respeito ao meio ambiente, que precisamos voltar a governar este país.

O grave momento que o país atravessa, um dos mais graves da nossa história, nos obriga a superar eventuais divergências para construirmos juntos uma via alternativa à incompetência e ao autoritarismo que nos governam

Paulo Freire dizia que é preciso unir os divergentes, para melhor enfrentar os antagônicos. Sim, queremos unir os democratas de todas as origens e matizes, das mais variadas trajetórias políticas, de todas as classes sociais e de todos os credos religiosos

Vamos construir um movimento com todos os partidos, organizações e pessoas de boa vontade que desejam a volta da paz ao nosso país. Este é o sentido da união do PT, PSB, PC do B, Psol, Rede, PV e Solidariedade

Tenho o orgulho de contar com o companheiro  Geraldo Alckmin nessa nova jornada. Alckmin foi governador quando eu era presidente. Fomos adversários, mas também trabalhamos juntos e mantivemos o diálogo institucional e o respeito pela democracia.

O diálogo foi a nossa marca registrada. Realizamos 74 conferências, em âmbito municipal, estadual e nacional, com participação de milhões de pessoas. Dessa extraordinária participação popular nasceram várias políticas públicas que mudaram o Brasil.

Em vez de promessas, apresento o imenso legado de nossos governos. Fizemos muito, mas é preciso, e é possível, fazer muito mais. Precisamos colocar novamente o Brasil entre as maiores economias do mundo.

Fui vítima de uma das maiores perseguições políticas e jurídicas da história do país, fato reconhecido pela Suprema Corte e pela ONU. Mas não esperem de mim ressentimentos ou desejos de vingança. Não nasci para ter ódio, nem mesmo daqueles que me odeiam

Em setembro, o Brasil completa 200 anos de Independência. Mas poucas vezes a nossa independência esteve tão ameaçada. Vamos comemorar o 7 de setembro a menos de um mês das eleições, quando o Brasil terá a oportunidade de reconquistar sua soberania.

O Brasil terá a oportunidade de decidir que país vai ser pelos próximos anos, e próximas gerações. O Brasil da democracia ou do autoritarismo? Do conhecimento e tolerância ou do obscurantismo e da violência? Da educação e cultura ou dos revólveres e fuzis?

Nunca foi tão fácil escolher. Nunca foi tão necessário fazer a escolha certa. Mas é preciso dizer com toda clareza: para sair da crise, crescer e se desenvolver, o Brasil precisa voltar a ser um país normal, no mais alto sentido da palavra.

Chega de ameaças, chega de suspeições absurdas, de chantagens verbais, tensões artificiais. O país precisa de calma e tranquilidade para trabalhar e vencer as dificuldades atuais. E decidirá livremente, no momento que a lei determina, quem deve governá-lo.

Nós temos um sonho. E não há força maior que a esperança de um povo que sabe que pode voltar a ser feliz. Que pode voltar a comer bem, ter um bom emprego, salário digno e direitos. Que pode melhorar de vida e ver os filhos crescendo com saúde

Mais do que um ato político, essa é uma conclamação. Aos homens e mulheres de todas as gerações, todas as classes, religiões, raças e regiões do país. Para reconquistar a democracia e recuperar a soberania.

Eu quero voltar com o coração mais brando. Eu vou casar esse mês. Uma pessoa com 76 anos, querendo casar, apaixonado como estou, só pode querer fazer o bem desse país

Não vamos ter medo de provocação, ter medo de fake news. Nós vamos vencer essa disputa pela democracia distribuindo sorrisos, amor e carinho. Que Deus abençoe o nosso país.

 

(da redação com informações de assessoria e redes sociais.  Edição: Genésio Araújo Jr.)