(Brasília-DF, 12/07/2022) Esse 11 de julho foi o “Dia Mundial da População” estabelecido pelas Nações Unidas(ONU). Foi informado que ainda este ano, de 2022, nascerá o oitavo bilionésimo habitante da Terra. Um total de 8 bilhões de habitantes no Mundo.
Para o secretário-geral da ONU, António Guterres, será um momento de celebrar a diversidade e “se maravilhar com os avanços na saúde que prolongaram a vida útil e reduziram drasticamente as taxas de mortalidade materno-infantil”.
Responsabilidade compartilhada
Ele lembra que atingir uma população global de oito bilhões é um marco numérico. Mas o foco deve permanecer nas pessoas como responsabilidade compartilhada, que é “cuidar do planeta” e honrar os compromissos mútuos.
Segundo o relatório publicado pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas, a população mundial está projetada para atingir um pico de cerca de 10,4 bilhões de pessoas durante a década de 2080 e permanecer nesse nível até 2100.
O estudo aponta que a população global está crescendo no ritmo mais lento desde 1950, tendo caído abaixo de 1% em 2020. As últimas projeções da ONU sugerem que a população mundial pode crescer para cerca de 8,5 bilhões em 2030 e 9,7 bilhões em 2050.
Metade dos 8 bilhões adicionados à população mundial foi resultado da expansão demográfica da Ásia. A África fez a segunda maior contribuição, com quase 400 milhões.
Dez países contribuíram para mais da metade do crescimento populacional: Índia, China e Nigéria são os países com maior índice. A África e a Ásia devem impulsionar o crescimento populacional até que o 9º bilhão seja alcançado em 2037.
O levantamento aponta que mais da metade do aumento projetado da população global entre 2022 e 2050 fique concentrada em apenas oito países: República Democrática do Congo, Egito, Etiópia, Índia, Nigéria, Paquistão, Filipinas e República Unida da Tanzânia.
As populações da República Democrática do Congo e da Tanzânia devem crescer rapidamente, entre 2% e 3% por ano entre 2022 e 2050.
Segundo os dados, as taxas de crescimento populacional díspares entre os maiores países do mundo mudarão sua classificação por tamanho: a Índia deverá superar a China como o país mais país populoso em 2023.
Desigualdades
Guterres afirma que um mundo de oito bilhões de pessoas significa “oito bilhões de oportunidades para viver vidas dignas e realizadas”. Na contramão, ele lembra que se habita num mundo de grande desigualdade e destaca a questão de gênero.
O líder da ONU ressalta que estamos testemunhando novos ataques aos direitos das mulheres, incluindo serviços essenciais de saúde. As complicações relacionadas à gravidez e ao parto ainda são a principal causa de morte entre meninas de 15 a 19 anos.
Números
Segundo os dados da ONU, desde meados do século 20, o mundo experimentou um crescimento populacional sem precedentes. A população mundial mais do que triplicou de tamanho entre 1950 e 2020.
A taxa de crescimento da população mundial atingiu um pico entre 1965 e 1970, quando o número de pessoas aumentou em média 2,1% ao ano.
Entre 2000 a 2020, embora a população global tenha crescido a uma taxa média anual de 1,2%, 48 países ou áreas cresceram pelo menos duas vezes mais rápido: estes incluíam 33 países ou áreas na África e 12 na Ásia.
A expectativa de vida dos adultos no mundo desenvolvido aumentou desde meados do século 20 - o número de pessoas que atingem a idade de 100 anos nunca foi maior do que é hoje.
Em todo o mundo, o número de mortes em relação ao tamanho da população vem diminuindo desde a década de 1950. Nas próximas décadas, as projeções das Nações Unidas preveem uma diminuição gradual contínua nas taxas de mortalidade específicas por idade.
(da redação com informações da ONU News. Edição: Genésio Araújo Jr.)
19 de Novembro, 2024 às 23:56