(Brasília-DF, 25/07/2022) O Banco Central(BC) divulgou, também, hoje, 25, as Estatísticas do Setor Externo com os dados atualizados até março de 2022 apontando que o balanço de pagamentos registraram déficit de US$2,8 bilhões em março de 2022, ante déficit de US$5,2 bilhões em março de 2021.
Na comparação interanual, houve aumento de US$6,6 bilhões no saldo da balança comercial de bens, parcialmente compensado pelas elevações de US$2,8 bilhões no déficit em renda primária e de US$1,1 bilhão no déficit em serviços. O déficit em transações correntes nos doze meses encerrados em março de 2022 somou US$23,5 bilhões (1,41% do PIB), ante US$26,0 bilhões (1,59% do PIB) no mês anterior e US$22,8 bilhões (1,62% do PIB) em março de 2021.
A balança comercial de bens registrou superávit de US$6,1 bilhões em março de 2022, ante saldo negativo de US$514 milhões em março de 2021. As exportações de bens totalizaram US$29,7 bilhões, enquanto as importações somaram US$23,6 bilhões, incremento de 21,1% e redução de 5,8% em comparação a março de 2021, respectivamente. As importações no âmbito do Repetro somaram US$153 milhões em março de 2022 (US$6,5 bilhões em março de 2021). Excluindo-se as operações do Repetro, a comparação interanual das importações registrou incremento de 26,3%.
O déficit na conta de serviços somou US$2,2 bilhões em março de 2022, aumento de 106,8% em relação a março de 2021. A conta de viagens internacionais registrou despesas líquidas de US$648 milhões no mês, ante US$100 milhões em março de 2021. Na mesma base comparativa, e seguindo tendência dos meses recentes, os fluxos brutos de receitas de viagens expandiram 112,2%, totalizando US$453 milhões, e as despesas de viagens cresceram 251,8%, somando US$1,1 bilhão. As despesas líquidas de transportes somaram US$428 milhões em março de 2022, ante US$253 milhões em março de 2021. Aluguel de equipamentos registrou despesas líquidas de US$651 milhões, aumento de 14,8% na comparação com março de 2021.
Em março de 2022, o déficit na conta de renda primária aumentou 68,5% em relação a março de 2021, totalizando US$7,0 bilhões. As despesas líquidas de lucros e dividendos aumentaram para US$5,0 bilhões, ante US$2,8 bilhões em março de 2021, impulsionadas pelo acréscimo de US$2,0 bilhões nas despesas brutas. As despesas líquidas com juros somaram US$2,0 bilhões em março de 2022 (US$1,3 bilhão em março de 2021), com concentração de despesas brutas de juros entre empresas de mesmo grupo econômico.
Os ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP) somaram US$7,6 bilhões em março de 2022, ante US$7,0 bilhões em março de 2021. Houve ingressos líquidos de US$6,2 bilhões em participação no capital e de US$1,4 bilhão em operações intercompanhia. Nos doze meses encerrados em março de 2022, o IDP totalizou US$51,2 bilhões (3,08% do PIB), ante US$50,7 bilhões (3,11% do PIB) no mês anterior e US$44,0 bilhões (3,12% do PIB) em março de 2021.
Os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram saídas líquidas de US$5,5 bilhões em março de 2022, compostos por saídas de US$6,6 bilhões em títulos de dívida e ingressos de US$1,1 bilhão em ações e fundos de investimento. Nos doze meses encerrados em março de 2022, os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram ingressos líquidos de US$19,8 bilhões.
Reservas internacionais
As reservas internacionais somaram US$353,2 bilhões em março de 2022, redução de US$4,6 bilhões em comparação ao mês anterior. O resultado decorreu, principalmente, das variações por paridades e por preços, que contribuíram para reduzir o estoque em US$4,0 bilhões e US$618 milhões, na ordem. A receita de juros somou US$481 milhões no mês.
(da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr.)
19 de Novembro, 2024 às 23:56