(Brasília-DF, 29/07/2022) Como já era previsto o IBGE divulgou a PNAD contínua que veio com notícia boa. A chamada taxa de desocupação recuou e ficou em 9,3% no trimestre móvel de abril a junho de 2022, recuou 1,8 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre de janeiro a março de 2022 que era de 11,1% e 4,9% ante mesmo período de 2021 (14,2%).
Este foi a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em junho desde 2015 (8,4%), segundo ano do segundo mandato de Dilma Roussefff. A população desocupada (10,1 milhões de pessoas) recuou 15,6% (menos 1,9 milhão de pessoas desocupadas) frente ao trimestre anterior e 32,0% (menos 4,8 milhões de pessoas) na comparação anual.
O contingente de pessoas ocupadas (98,3 milhões) foi recorde da série iniciada em 2012, com alta de 3,1% (mais 3,0 milhões) ante o trimestre anterior e de 9,9% (mais 8,9 milhões) ante o mesmo período de 2021. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), estimado em 56,8%, foi o mais alto para um trimestre encerrado em junho desde 2015 (57,4%), subindo 1,6 p.p. no trimestre e 4,7 p.p. no ano.
Subutilização
A taxa composta de subutilização (21,2%) foi a menor desde 2016 (20,9%), caindo 2,0 p.p. no trimestre e 7,3 p.p. no ano. A população subutilizada (24,7 milhões de pessoas) caiu 7,7% (menos 2,1 milhões) no trimestre e 24,1% (menos 7,9 milhões) no ano.
A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (6,6 milhões) ficou estável ante o trimestre anterior e caiu 14,1% (menos 1,1 milhão de pessoas) no ano.
A população fora da força de trabalho (64,7 milhões de pessoas) caiu 1,1% ante o trimestre anterior (menos 735 mil) e 3,8% (menos 2,6 milhões) na comparação anual.
A população desalentada (4,3 milhões de pessoas) caiu 7,1% em relação ao trimestre anterior (menos 328 mil pessoas) e 22,5% (menos 1,2 milhão de pessoas) na comparação anual. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,8%) caiu 0,3 p.p. frente ao trimestre anterior e 1,2 p.p. frente ao mesmo trimestre do ano anterior.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 35,8 milhões, subindo 2,6% (908 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 11,5% (mais 3,7 milhões de pessoas) na comparação anual.
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado ficou com 13,0 milhões de pessoas e foi o maior da série. Esse contingente cresceu 6,8% em relação ao trimestre anterior (mais 827 mil pessoas) e 23,0% (2,4 milhões de pessoas) no ano.
O número de trabalhadores por conta própria chegou a 25,7 milhões de pessoas e foi o maior para um trimestre encerrado em junho desde o início da série histórica, em 2012. Ante o trimestre anterior, houve crescimento de 1,7% (431 mil pessoas), enquanto, na comparação com o mesmo período do ano passado, o avanço foi de 4,3% (mais 1,1 milhão de pessoas).
O número de trabalhadores domésticos chegou a 5,9 milhões de pessoas e subiu 4,4% (mais 248 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 19,4% (mais 950 mil pessoas) no ano.
O número de empregadores (4,2 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre anterior e subiu 13,9% (517 mil pessoas) na comparação anual. O número de empregados no setor público (11,9 milhões) cresceu 5,4% no trimestre e 3,5% no ano.
Informalidade e rendimento
A taxa de informalidade foi de 40,0% da população ocupada, contra 40,1% no trimestre anterior e 40,0% no mesmo trimestre de 2021. O número de trabalhadores informais chegou a 39,3 milhões, recorde da série histórica do indicador, iniciada em 2016.
O rendimento real habitual (R$ 2.652) ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 5,1% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 255,7 bilhões) cresceu 4,4% frente ao trimestre anterior e 4,8% na comparação anual.
No trimestre móvel de abril a junho de 2022, a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), foi estimada em 108,3 milhões de pessoas, com alta de 1,0% (1,1 milhão de pessoas) frente ao trimestre de janeiro a março e de 4,0% (4,1 milhões de pessoas) ante o mesmo trimestre de 2021. Foi o maior contingente de pessoas na força de trabalho da série histórica da pesquisa.
Frente ao trimestre móvel anterior, houve aumento nos seguintes grupamentos de atividades: Indústria Geral (2,7%, ou mais 332 mil pessoas), Construção (3,8%, ou mais 274 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,4%, ou mais 617 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (3,0%, ou mais 336 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,5%, ou mais 739 mil pessoas), Outros serviços (3,2%, ou mais 158 mil pessoas) e Serviços domésticos (4,0%, ou mais 227 mil pessoas). Os demais grupamentos não tiveram variação significativa.
Quanto ao rendimento médio real habitual (R$2.652,00), frente ao trimestre móvel anterior, houve aumento apenas na categoria de Transporte, armazenagem e correio (4,4%, ou mais R$ 110). Os demais grupamentos não tiveram variações significativas. Frente ao trimestre encerrado em junho de 2021, houve aumento em Construção (5,8%, ou mais R$ 116) e Transporte, armazenagem e correio (6,3%, ou mais R$ 152). Ainda nessa comparação, houve redução nos seguintes grupamentos: Indústria (6,0%, ou menos R$ 164) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (11,1%, ou menos R$ 465).
Entre as posições na ocupação, em relação ao trimestre anterior, o único aumento foi registrado pela categoria de Empregado sem carteira de trabalho assinada (6,5%, ou mais R$ 110). As demais categorias não apresentaram variação significativa. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, não houve crescimento em qualquer categoria.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr.)
24 de Novembro, 2024 às 21:08