Lula é recebido por multidão( foto: Ricardo Stuckert)

(Brasília-DF, 19/09/2022) O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT) concluiu nesse domingo, 18, suas andanças com atos e compromissos na região Sul, considerados estados bolsonaristas. Os eventos reuniram um grande público em todos os três estados.  Hoje, em Florianópolis, capital de Santa Catarina, considerado o mais bolsonarista de todos, ele fez questão de destacar o grande público e ironizou o presidente Jair Bolsonaro(PL) que foi a Londres(Inglaterra) para o enterro da Rainha Elisabeth 2ª, mas que além do enterro da rainha ele deveria visitado as famílias dos órfãos do covid-19, coisa que não aconteceu em nenhum momento.

“Louvável o Bolsonaro ir ao velório da Rainha. Mas ir fazer campanha, falar mal dos outros? Em vez de Bolsonaro ir para o velório da rainha, seria mais louvável se ele tivesse visitado familiares e órfãos das vítimas da COVID-19, se ele tivesse comprado as vacinas no tempo certo.”, disse.

Santa Catarina

Ele também falou do grande público que participou do ato público e também ironizou os que disseram que ele seria mal recebido.

“Um senador disse que eu não deveria vir a Santa Catarina porque não seria bem recebido aqui. Queria que o Randolfe rodrigues e o Dário Berger levassem a fotografia aérea do nosso ato para ele ver. Nem usando todo o orçamento secreto ele terá o apoio que tenho aqui hoje.”, disse.

Bandeira

Lula rebateu aqueles que tentam se apropriar dos símbolos nacionais e empunhou com orgulho as bandeiras do Brasil e do Partido dos Trabalhadores na Praça Tancredo Neves, em Florianópolis, durante o ato Todos Juntos por Santa Catarina.

“Essas pessoas precisam aprender algumas coisas e nosso papel é ensinar. Eu pedi as duas bandeiras [do Brasil e do PT] porque, normalmente, um fascista que não tem partido político, que nunca organizou um partido político, que não gosta do povo e que não respeita ninguém, ele diz o seguinte: meu partido é o Brasil”, disse.

“Essa bandeira [do Brasil] não é de um partido, é a de 215 milhões de brasileiros que amam esse país. Eles utilizam essa bandeira porque eles não têm o orgulho de dizer: esse é o meu partido. E o Partido dos Trabalhadores me dá muito orgulho de ter criado”, afirmou Lula.

Reconstruir o Brasil

Lula, em sua fala, questionou onde estão as obras de Jair Bolsonaro em Santa Catarina, defendeu o legado no estado dos governos dele e de Dilma Rousseff, que também esteve presente, e disse que seu objetivo é voltar a comandar o Palácio do Planalto para reconstruir o Brasil, sobretudo criando oportunidades para os jovens.

“Nós temos que assumir a responsabilidade, mais uma vez, de devolver ao país a alegria, a esperança, a felicidade, o direito de sorrir, de comer três vezes ao dia, de sonhar com universidade. Nós não queremos tirar nada de ninguém. O que nós queremos é ter uma casa, criar nossos filhos em paz e harmonia, que eles possam estudar, tirar um diploma de doutor, porque não é privilégio dos ricos, é direito de todos”, declarou.

Santa Catarina sema fome

Lula também citou a volta do país ao Mapa da Fome das Nações Unidas, mais um sinal do desgoverno Bolsonaro, e que políticos de extrema-direita tentam fingir que o problema não assola Santa Catarina, enquanto a plateia lamentava o aumento do número dos moradores de rua na capital catarinense.

“Eu sei que muita gente aqui nesse estado fala: Santa Catarina não tem fome. Eu sei, eu sei. Mas eu sei que esse estado aqui tem pelo menos 500 mil pessoas passando fome. Os dados do IBGE demonstram isso e as pessoas tentam esconder. Não é possível! Se a gente sabe que tem 500 mil, vamos dar comida para essas 500 mil, vamos dar emprego”, garantiu.

Lula recordou ainda os 580 dias que passou preso ilegalmente em Curitiba, no Paraná, quando foi retirado da disputa das eleições de 2018. “Eles pensaram: não, o Lula já está com não sei quantos anos, em 2022 ele vai estar velhinho, ele não vai poder concorrer. Ah, eles não sabem o que é um pernambucano apaixonado. Eles não sabem que o que deixa uma pessoa velha não é a idade, é a falta de motivação para viver. É a falta de uma causa. E eu tenho uma causa. A minha causa chama-se Brasil, a minha causa chama-se povo brasileiro e esse povo vai voltar ter emprego, vai voltar a comer, vai voltar a passear, vai voltar a rir e vai voltar a ser feliz outra vez”, completou.

Discursaram no ato Décio Lima, prefeito de Blumenau entre 1997 e 2005, deputado federal de 2007 até 2019, e atualmente concorrendo ao governo estadual. O senador Dário Berger(PSB), que concorre a reeleição também discursou.

Também participaram do ato o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o senador do Amapá Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade, Manuela D’ávila, representando o PCdoB, Bia Vargas, candidata à vice-governadora de Santa Catarina, além de candidatos a deputados e lideranças regionais.

(da redação com informações de redes sociais e agências. Edição: Genésio Araújo Jr.)