Bancada Sulista

Bancada Sulista

NOTÍCIAS

ECONOMIA: Confiança da Indústria cai 3,8 pontos em outubro e é o pior desde março passado, aponta FGV-IBRE

Tamanho da letra A+ A-
Confiança na indústria em queda( Foto: Arquivo)

(Brasília-DF, 28/10/2022)  Nessa quinta-feira, 27, pela manhã, a Fundação Getúlio Vargas com o seu FGV-IBRE  apontou que a confiança na indústria no Brasil teve um recuou.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do FGV IBRE caiu 3,8 pontos em outubro, para 95,7 pontos, pior resultado desde março de 2022. Em médias móveis trimestrais, o índice recua 1,3 ponto.

“Pelo segundo mês consecutivo, a confiança da indústria caiu. A queda em outubro, entretanto, ocorre de forma difusa entre os segmentos pesquisados na Sondagem. Há uma piora das avaliações sobre a situação atual influenciada por uma percepção de redução da demanda interna e externa, aumento do nível de estoques e ainda dificuldades na obtenção de insumos por alguns segmentos. Além disso, há uma piora das expectativas que pode estar relacionada a uma desaceleração global prevista e um cenário econômico brasileiro que considera uma inflação acima da meta para 2023 e por isso uma política mais contracionista.”, comenta Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.

Em outubro, houve queda da confiança em 17 dos 19 segmentos industriais monitorados pela Sondagem. O Índice Situação Atual (ISA) recuou 4,5 pontos, para 96,4 pontos, menor nível desde julho de 2020 (89,1 pontos), período em que o Brasil ainda estava em lockdown. O Índice de Expectativas (IE) caiu 3,0 pontos para 95,0 pontos, pior resultado desde março desse ano (94,9 pontos).

Entre os quesitos que integram o Índice Situação Atual (ISA), o indicador que mede o nível dos estoques1 foi o que mais influenciou negativamente o resultado no mês ao cair 6,8 pontos, para 103,2 pontos, pior resultado desde abril de 2022 (103,9 pontos). Quando este indicador está acima de 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoques excessivos (ou acima do desejável). Tal resultado parece estar atrelado também a uma percepção de queda na demanda, o Indicador que mede nível de demanda recuou 3,4 pontos para 98,1 pontos, pior resultado desde março deste ano (96,2 pontos). A percepção dos empresários em relação à situação atual dos negócios também piorou ao recuar 3,0 pontos para 94,6 pontos, menor nível desde março (91,9 pontos).

Dentre os itens que medem as expectativas, todos apresentam piora. Contudo, o que mais influenciou o resultado no mês é o indicador que mede a tendência dos negócios para os próximos seis meses que caiu 6,2 pontos para 92,3 pontos, mantendo-se abaixo dos 100 pontos desde setembro de 2021 (102,7 pontos). No horizonte mais curto de três meses, as perspectivas sobre emprego apesar de menores ainda se mantêm no terreno otimista. O indicador que mede o emprego previsto cedeu 2,7 pontos para 101,8 pontos, retornando ao mesmo nível de maio de 2022. Já o indicador de produção prevista para os próximos três meses, fica estável, após recuar por três meses consecutivos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria também se mantém estável ao variar 0,1 ponto, para 80,7% próximo ao patamar observado em maio de 2022 de 80,8%

 

(da redação com informações de assessoria e redes sociais. Edição: Genésio Araújo Jr.)