O humor como instrumento de protesto e conscientização sempre foi utilizado ao longo da história humana, especialmente em períodos mais difíceis. Seja como catarse, escape ou reação contra algo imposto por governos ou outras forças dominantes, as paródias e gozações divertem e engajam. Nos tempos aceleradíssimos da internet, sobretudo nas redes sociais, os memes, essas montagens de som e/ou imagem que viralizam, geralmente se espalham sem controle, compartilhados de um para muitos e de muitos para muitos.
Nesta semana, assistimos a uma curiosa onda que remete à festa do chá brasileira, um protesto contra a carga de impostos, tendo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), como alvo. A resistência foi inútil; a onda se espalhou e chegou até aos telões da Times Square, em Nova York. Inúmeros memes com a figura de Haddad, ou "Taxad", sempre o associando a uma vontade irreprimível de cobrar mais impostos, surgiram a partir de superproduções de filmes e outras referências, aparecendo isoladamente ou em grupos indexados.
Este fenômeno representa um desafio para autoridades de todo o mundo, especialmente para aquelas de esquerda, que parecem menos versadas nessa forma de comunicação instantânea, caracterizada por um extremo senso de oportunidade e mobilização.
Sílvio RibasSílvio Ribas • 1º • 1ºJournalist, publicist, parliamentary assistant, writer, biographer, ghost writer, political strategist, and institutional consultantJournalist, publicist, parliamentary assistant, writer, biographer, ghost writer, political strategist, and institutional consultan
19 de Novembro, 2024 às 23:56