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No Dia Nacional do Cerrado, Senado faz alerta sobre queimadas no bioma e centenas de milhares pelo Brasil

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Centenas de milhares de queimadas causam destruição dos biomas do Cerrado e nos estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Mato Groso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Roraima, e Amazonas. Fuligem prejudica saúde humana

Comissão de Meio Ambiente (CMA), em audiência hoje (11), a presidente do colegiado, senadora Leila Barros (PDT-DF), chamou a atenção dos demais senadores para a destruição do Cerrado, bioma característico da Região Centro-Oeste; e também presente nos estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Mato Groso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Roraima, Tocantins,  Amazonas e se espalham por mais de 20 estados. Geram uma nuvem espessa de fuligem que segue as correntes do vento e prejudicam a saúde de milhões de  brasileiros, além de cores alaranjada do sol e esverdeada dos grandes rios, praticamente, em todo o país.

A senadora lembrou que neste 11 de setembro é celebrado o Dia Nacional do Cerrado. Contudo, nas palavras dela, há muito pouco a se comemorar. 

—  O Cerrado é a savana mais biodiversa do planeta, sendo fundamental para a recarga dos nossos aquíferos e para a regulação do clima. Nossa região deveria ser naturalmente abundante em água, temos cachoeiras conhecidas mundialmente. Mas, infelizmente, não temos muito o que festejar. As ameaças ao Cerrado crescem a cada ano. Somente em 2024, já foram mais de 53 mil focos de queimadas. Na semana passada, um incêndio catastrófico destruiu 10 mil hectares do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros [em Goiás]. O fogo só foi controlado quase uma semana depois, mas segue monitorado pela Defesa Cívil — lamentou. 

Para Leila, as queimadas e destruição do Cerrado, segundo maior bioma brasileiro, atrás apenas, da Amazônia, preocupam ainda mais por ameaçar a saúde e colocar em risco a vida das pessoas, com as chamas que chegam próximos a moradias, onde muitas são devoradas pelas labaredas. 

 — Enfrentamos a pior seca da nossa história, a fumaça das queimadas tem coberto inúmeras cidades pelo país, o que compromete a qualidade do ar que respiramos. Não podemos nos permitir à inação diante desse futuro de características apocalípticas que já se apresenta e é sentido por muitos de nós. Esse é um chamado à responsabilidade e ação de todos, precisamos ter compromisso com o futuro do nosso país. O cenário é triste e desanimador, mas não desistiremos. Que possamos aqui na CMA discutir e implementar políticas que realmente façam a diferença — concluiu. 

Da Redação, com informações da Agência Senado – Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado – Editção:  jornalista Artur Hugen