Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai produz proteínas animais de altíssima qualidade, saboreadas, pelo inteligente consumidor que monitora os procedimentos adotados pelos produtores rurais, seguindo regras de monitoramento com chips conectados por satélites. Especialmente, na França, o exigente consumidor vai sentir a diferença do produto final que chega a sua mesa todos os dias. E, claro vai sempre exigir desta empresa (que entrou no Brasil, adquirindo o Pão de Açúcar, supermercados, da família Diniz), produtos de primeiríssima qualidade, advindos do Mercosul que realiza rigorosos procedimentos na produção e não de qualquer lugar do mundo.
O Bloco da América da América do Sul vai continuar produzindo e vendendo carnes aos mais exigentes consumidores. Ao que parece o CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, vai encontrar problemas logo na próxima esquina. O comunicado divulgado em redes sociais dizendo que o grupo francês não comercializaria mais carnes provenientes do Mercosul, logo se tornará fake, pois o dinheiro que está no bolso do consumidor, vai passar ao largo das portas deste fornecedor para encontrar o produto que quer consumir na loja ao lado.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reagiu contra o protecionismo europeu, principalmente da França, em sua fala na abertura do evento CNC Global Voices, promovido pela Confederação Nacional do Comércio e outras entidades.
"Não é possível que o CEO de um grupo importante como o Carrefour não se retrate de uma declaração de praticamente não contratar as proteínas animais advindas e oriundas da América do Sul. O Brasil, como o Congresso Nacional, como os empresários e a população, tem que dar uma resposta clara", disse Lira.
Projeto em pauta
Segundo ele, deverá entrar na pauta desta semana no Congresso Nacional um projeto de lei sobre a reciprocidade econômica entre os países – o Projeto de Lei 1406/24, que proíbe o governo brasileiro de propor ou assinar acordo internacional com cláusulas ambientais que restrinjam a exportação de produtos brasileiros, sem que os países signatários adotem medidas de proteção ambiental equivalentes.
Leis aprovadas
O presidente da Câmara disse que é uma satisfação constatar que temas como sustentabilidade ambiental e transição energética estão avançando graças à busca de consenso por parte das lideranças políticas e empresariais brasileiras.
"É uma percepção animadora, porque, se a sintonia entre o Congresso e a sociedade civil foi capaz de operar uma transformação tão profunda quanto a reforma tributária, então ela certamente também poderá viabilizar a nova economia verde, os movimentos certos em direção à maior eficiência econômica que todos nós buscamos", disse.
Entre os avanços da área, Lira citou a aprovação do Programa Nacional de Bioquerosene, o Marco Legal de Microgeração de Energia, o Programa Mobilidade Verde, o Marco Legal do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono e a Lei do Combustível do Futuro.
Avanços
"Os resultados já estão sendo colhidos. O relatório da Bloomberg, publicado neste ano, estima que o Brasil foi o terceiro país no mundo que mais atraiu investimentos em energias renováveis – em 2023, mais de 25 bilhões de dólares, atrás apenas da China e dos Estados Unidos", disse.
Lira observou que esse número reflete o efeito de políticas específicas e também a modernização geral da economia brasileira. "De fato, é manifestação particular de um fenômeno maior. O Brasil foi o segundo principal destino de investimento estrangeiro em 2023, segundo a OCDE. Estamos mais integrados do que nunca à economia global. Conseguimos avançar na busca por estabilidade econômica, segurança jurídica. Acompanhamos de perto o fortalecimento do agronegócio, um dos pilares do nosso desenvolvimento", afirmou.
"Os avanços estão ocorrendo de forma contínua e responsável, graças ao engajamento das lideranças nacionais. O êxito alcançado nas discussões e votações na Câmara dos Deputados mostra quanto o entendimento político é dispensável à prosperidade nacional", acrescentou.
Da Redação, com Agência Câmara de Notícias – Foto: Arquivo ACN – Edição: jornalista Artur Hugen
24 de Novembro, 2024 às 21:08