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Festival evidencia o sabor diferenciado da carne da raça crioula lageana

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Sebrae/SC tem apoiado financeiramente o projeto há cerca de três anos. Os recursos foram utilizados na melhoria e na conservação genética para a manutenção da raça

O II Festival da Carne Crioula Lageana realizado neste domingo (24), no Restaurante Carne Sal e Brasa, no Distrito de Índios, marca o caminho que se quer seguir com a raça. A afirmação partiu presidente da Associação Brasileira de Criadores da Raça Crioula Lageana (ABCCL), Edilson Binotto. Ele também acrescentou que o objetivo do evento foi a apresentar a carne para o consumidor final, por se originar de um animal diferenciado. “As pessoas ao sentirem o sabor diferente é o que mais importa neste momento, e que foi um sucesso”, assinalou.

O evento teve uma programação técnica e festiva, e que começou logo nas primeiras horas. Pela manhã, palestras evidenciaram novamente, a história da raça que está no Brasil há cerca de 400 anos; de onde ela veio e os cruzamentos. Também foi contado como o animal contribui para o meio ambiente. A explicação está no fato de ser uma raça adaptada, nativa, e que convive com as gramíneas e o capim existente na região, sem precisar modificar o meio para a criação, diferente de outras raças que precisam de grandes pastagens. As palestras também evidenciaram a razão que motiva produtores em criara a raça crioula lageana.

Além dos aperitivos no final da manhã e o churrasco servido no almoço, a tarde contou com shows nativistas com Marcelo Oliveira e o Quarteto Coração de Potro, regados ainda a pasteis e hamburgers da carne. Portanto, segundo ainda Binotto, o Festival foi um grande sucesso, e que contou com a participação de criadores de Santa Catarina, do Paraná, de São Paulo, de Minas Gerais, de Goiás e de Tocantins. “A presença deles demonstra uma evolução muito grande, pois, quando ela se expande para climas melhores e outras pastagens, o resultado é extraordinário”, salientou.

Para o consumidor entender, a forma de comercialização ainda é restrita aos festivais, que porsua vez, passarão a ser realizados duas vezes no ano. Em cada evento, a carne dos animais abatidos estará disponível até que se esgotem os lotes. Sendo assim, a venda se dará por safras, uma no inverno e outra no verão. É um produto a ser comprado também por encomenda, e não nos supermercados. Outras iguarias, como o couro, os chifres ou cabeça também se configuram produtos diferenciados. Esses animais estão também estão chamando a atenção do turismo, e que já está sendo explorado em Lages.

Sebrae é parceiro há três anos

Conforme explica a analista técnica Sebrae Nahyra Nara Santoro, o Sebrae/SC tem apoiado financeiramente o projeto há cerca de três anos. Os recursos foram utilizados na melhoria e na conservação genética para a manutenção da raça, entre outras frentes, caso do estímulo ao Festival da Carne Crioula Lageana. Além disso, o apoio do órgão ajudou não somente na parte da produção, mas também no acesso ao mercado. “O evento permite que mais pessoas conheçam a raça, a qualidade e a diversificação do produto, a partir de diferentes pratos à base da carne”, reforça Nahyra.

Por Assessoria de Imprensa / Fotos: Wendel Graupner