O intenso escoamento de cargas, a mobilidade entre as comunidades e o fluxo turístico entre os estados são diretamente impactados pela precariedade de infraestrutura.
Autoridades gaúchas estão convocadas a pressionar o Ministro dos Transportes, Renan Filho
Os anos vão passando e a questão da pavimentação da BR-438, Rota Caminhos da Neve, ainda não está sendo tratada de acordo. Ressalte-se, no entanto, que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), já realizou os trâmites necessários para a união das BRs-438 e 486. A medida deu viabilidade para transformar os trechos num corredor logístico desde Bom Jesus até o Porto de Itajaí.
Desde 2024 aguarda-se apenas, a ordem do ministro Renan Filho, para o órgão entrar em ação. Importante frisar ainda, que o Dnit obedece às diretrizes do Ministério dos Transportes. “A causa precisa ser tratada com mais pressão junto ao Ministério. É essencial que lideranças de todos os partidos se unam para reforçar essa demanda”, evidencia Jaziel de Aguiar, coordenador do Grupo BR-438- "Rota Caminhos da Neve", e um dos principais abnegados pela pavimentação da Rota Caminhos da Neve.
Segundo ainda Jaziel, no âmbito estadual, já foram feitas mais de 30 audiências junto aos órgãos responsáveis do Governo do Estado. “Basta fazer uma pesquisa sobre a ERS-020 (Cambará-Ausentes), ERS-476 (Jaquirana-Canela), ERS-456 (Esmeralda-Pinhal)”, ressalta. E disse mais. Todas as conversas girando em torno de 30 anos de promessas, topografias, estaqueamentos, projetos, atualizações de projeto, evidenciam que, na prática, pouca obra foi feita. “O Governo do RS acumula dívidas superior a R$ 90 bilhões. Portanto, é difícil enxergamos uma solução vinda via Governo Estadual”, lamenta.
Apontamentos, diante desse cenário, torna evidente a importância da mobilização da sociedade e das lideranças. A União de esforços é fundamental para viabilizar a infraestrutura necessária ao desenvolvimento da região. Jaziel Aguiar evidencia a necessidade de que sejam intensificadas as articulações junto ao Ministro dos Transportes, para que a BR-438 seja licitada. “Por outro lado, a Prefeitura deve fazer a parte que lhe cabe, e arrumar a BR 438, no que puder. Já os caminhões que trafegarem pela estrada, precisam estar dentro do peso regulamentado”, pontua.
Os relatos sobre a antiga Ponte das Goiabeiras, por exemplo, são assustadores. Havia empresa que chegava cruzar com dois caminhões ao mesmo tempo, ultrapassando 100 toneladas, até que estrutura ruiu completamente, caindo mais de dez vezes. Atualmente muitos caminhões continuam trafegando com excesso de peso. O município de Bom Jesus não tem balança pública e nem posto da PRF. Além disso, cargas de outros municípios precisam cruzar por dentro da cidade e estão causando inúmeros danos as ruas. Um contorno viário poderia ajudar a amenizar parte dos problemas. Segundo fontes, existe um projeto de 2009/2012 ainda encaixotado, mas que precisa ser retomado. Existe, inclusive, um trevo secundário construído dentro das normas de segurança, e que poderia ser mais utilizado.
Enfim, o entendimento de quem acompanha o drama das péssimas condições da BR 328, é de que a Prefeitura de Bom Jesus precisa continuar realizando reparos e melhorias. Entretanto é fundamental que os caminhões andem com a carga dentro do peso. “Precisa haver essa conscientização e evitar exatamente o que estamos presenciando”, afirmam.
Os testemunhos a respeito das situações envolvendo a necessidade da manutenção da estrada, por hora, revelam que, recentemente foram vistos caminhões da MV Madeiras, atolados: A pergunta é de onde são? Para onde estão levando a produção? Quem é o produtor que vendeu para eles? Outra questão. A Klabin tem participação nessas operações que envolvem o Morro da Barragem? Pois, se tiver, é urgente que a empresa participe das discussões. Sabe-se que, entre Canela e Jaquirana, a Klabin ajudou a resolver problemas na ERS-476. Em suma, na BR-438 se a matéria-prima está sendo destinada a eles, então, a colaboração também se faz necessária.
Esta é a conclusão a que chegaram os abnegados de sempre pela necessidade não só de manutenção da estrada, mas também para que haja forte ação das autoridades para a execução do projeto de pavimentação e federalização da BR 438 (Rota Caminhos da Neve).
Por Paulo Chagas / Colaboração: Jaziel Aguiar / Fotos: Arquivo do Grupo/Divulgação - postado por jornalista Artur Hugen
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