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Apenas 41% da população considera malha aérea nacional suficiente

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Para uma parcela importante dos entrevistados, 36%, a oferta de voos e destinos ainda é insuficientes

Em um país de dimensões continentais como o Brasil, é fundamental a variedade de oferta de rotas aéreas para assegurar que cada vez mais brasileiros e estrangeiros possam conhecer a diversidade de atrativos naturais e culturais espalhados pelo território nacional.

Entretanto, segundo pesquisa encomendada pelo Ministério do Turismo, apenas 41,7% da população consideram a malha aérea brasileira suficiente. Para uma parcela importante dos entrevistados, 36%, a oferta de voos e destinos ainda é insuficiente pouco suficiente.

Quando analisada regionalmente, a pesquisa aponta que, na avaliação dos entrevistados, a região Sul possui a melhor malha aérea do país sendo que 49,6% avaliam como suficiente ou muito suficiente. Seguindo da região Sudeste (41,7%) e Nordeste (37,6%). Nas regiões Norte e Centro-Oeste, a percepção é mais baixa - 28,7%. No campo oposto, a região Nordeste foi a que teve a pior avaliação, com 38,4% classificando como insuficiente.

Para reverter a situação, 73,4% das pessoas são favoráveis ao aumento do número de companhias aéreas atuando no Brasil. Não à toa, a maior aprovação está nos estados do Nordeste (75,1%), Norte e Centro-Oeste (75%). A região Sul aparece com 73,8% e a Sudeste com 71,2%.

“Garantir a conectividade aérea entre nossos destinos, permitindo que cada vez mais turistas conheçam o que temos de melhor para oferecer é uma das metas do Ministério do Turismo e, para isso, temos um projeto de lei em tramitação que permite a abertura de 100% do mercado para o capital estrangeiro garantindo, assim, que mais empresas operem em território nacional”, explicou o ministro do Turismo, Marx Beltrão.

Uma forma de atrair mais empresas para atuar no país é promover a abertura ao capital estrangeiro. E 65% dos ouvidos na pesquisa são favoráveis à abertura do mercado para o capital estrangeiro. Uma das ações prevista no Brasil + Turismo, pacote de ações para fortalecer a atividade turística permite a abertura do capital de companhias aéreas nacionais e a entrada de 100% estrangeiras, desde que tenham sede no Brasil e sejam constituídas pela lei nacional. O Projeto encontra-se em tramitação no Congresso Nacional.

Voos de férias

Uma outra frente aberta pelo Ministério do Turismo em parceria com as agências de viagem é a desburocratização do fretamento de aviões, ou os voos de férias. Em países líderes do turismo mundial, como a Espanha, os voos de férias representam cerca de 30% de toda a movimentação turística interna. No Brasil, este percentual gira entorno de 5% por conta da burocracia.

O ministro do Turismo, Marx Beltrão, tem tratado do assunto com representantes da Anac. De acordo com um estudo elaborado pela entidade que representa as agências de viagem, a facilitação dos voos de férias permitirá o melhor aproveitamento de aviões ociosos e vai inserir 10 milhões de brasileiros no mercado consumidor do turismo.

Sobre a pesquisa

A pesquisa foi realizada de 17 a 23 de março de 2017 pelo Instituto FSB Pesquisa. Foram ouvidas 2002 pessoas com mais de 16 anos em todas as regiões do país para avaliar a opinião da população brasileira acerca do turismo no Brasil, assim como observar quais são as vantagens e prejuízos, além de identificar oportunidades de promoção do turismo no país.

Artur Hugen, com informações do MTur/Foto: Paulino Menezes/ MTur