Chuvas fortes no Rio Grande do Sul já causam danos em 68 municípios, rio Caí que deságua na Lagoa dos Patos pode ter forte elevação, mas deverá ficar abaixo do pico de 17 metros, cota de inundação

Com agências

(Brasília-DF, 19/06/2025) Passados 13 meses das enchentes históricas que atingiram a Capital Porto Alegre e o Rio Grande do Sul, aquele estado volta a enfrentar fortes chuvas preocupantes. O rio Caí que desagua na chamada Lagoa do Patos, um rio histórico no Estado, segundo a Defesa Civil daquele estado, nessa quarta-feira, 13, anunciou que o rio poderá chegar a ficar 13 metros acima da chamada cota de inundação.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite esteve em São Sebastião do Caí para acompanhar a situação e reforçar os alertas à população. A possível cota de inundação de 13 metros é expressiva, embora inferior aos 17 metros registrados em maio do ano passado.

A visita de Leite ocorreu em meio à mobilização de equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Brigada Militar e Prefeitura, que seguem atuando na retirada preventiva de moradores de áreas de risco.

“Nossas equipes estão interagindo com os prefeitos em todas as regiões mais afetadas. Vamos continuar atualizando as informações por meio dos canais oficiais para que a população saiba das projeções em relação à chuva que a gente ainda vai ter na quinta-feita ,19, e na sexta-feira ,20. Nós vamos ter transtornos, vamos ter situações de inundações, mas não é nada comparável ao que nós tivemos em maio do ano passado. Estamos com as nossas equipes em campo para poder atender a todos os chamados”, destacou o governador.

Leite reforçou que, embora os volumes previstos para esta semana sejam menores do que os registrados nas enchentes de 2024, os impactos já são relevantes em diversas regiões. O boletim mais recente da Defesa Civil aponta que 68 municípios reportaram ocorrências, com 1.197 pessoas em abrigos, 1.448 desalojadas, dois óbitos confirmados e uma pessoa desaparecida.

As bacias do Caí e do Taquari seguem em monitoramento constante, com expectativa de elevação dos níveis dos rios até sexta. Municípios como Lajeado, Estrela, Santa Tereza, Encantado e Muçum também estão em contato direto com o governo do Estado para alinhamento de ações.

O coronel Luciano Boeira, coordenador da Defesa Civil estadual, reforça a importância de a população acompanhar os canais oficiais e seguir as orientações de segurança. Alertas em tempo real podem ser recebidos gratuitamente por SMS, com o envio do CEP para o número 40199.

“O Estado está mobilizado, com equipes em campo e diálogo permanente com os municípios. As chuvas devem persistir nas próximas 24 a 36 horas e é essencial que todos redobrem os cuidados”, alertou o governador. As atualizações seguirão sendo divulgadas pelos canais oficiais do governo e da Defesa Civil”, destacou.

Defesa civil

O Rio Grande do Sul tem enfrentado nos últimos dias um evento meteorológico que tem causado transtornos à população. Até o começo da noite desta quarta-feira 18, 68 municípios já registraram danos e há a confirmação de dois óbitos e um desaparecimento. A equipe do Centro de Monitoramento da Defesa Civil estadual continua acompanhando a evolução do fenômeno e encaminhando ao Centro de Operações as informações que subsidiam os alertas a serem enviados para a população.

As equipes das Coordenadorias Regionais de Proteção e Defesa Civil têm trabalham juntas para apoiar os municípios que foram atingidos de maneira mais significativa. O Departamento de Logística já encaminhou itens de ajuda humanitária para as cidades de Santana do Livramento e Jaguari e, na sequência, enviará materiais para a cidade de Mata.

Santana do Livramento recebeu lonas, colchões, cobertores, roupas masculinas, femininas e infantis, itens de cama e banho para atender a população afetada. Para Jaguari foram encaminhados colchões, kits de higiene, cobertores, além de roupas para adultos, crianças e kits para bebês.

O Departamento de Gestão de Desastres da Defesa Civil do Rio Grande do Sul instalou um Gabinete de Crise para apoiar os municípios de Mata, de Toropi e de Jaguari, para realizar a articulação com outros órgãos e apoiar a gestão municipal no restabelecimento de serviços essenciais e outras necessidades dos atingidos.

( da redação com informações da Agência Gaúcha de Notícias. Edição: Política Real)