31 de julho de 2025
ECONOMIA

Produção industrial recuou -0,4% mas avançou a 2% se comparado com 2024, como estimava o mercado, informa IBGE

Veja o video explicativo

Por Política Real com assessoria
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Com agência.

(Brasília-DF, 04/11/2025)   Na manhã desta terça-feira, 04, o IBGE divulgou a esperada produção industrial nacional referente a setembro de 2025 que variou -0,4% frente a agosto, na série com ajuste sazonal. Em relação a setembro de 2024, na série sem ajuste, houve crescimento de 2,0% O acumulado no ano foi de 1,0% e o dos últimos 12 meses chegou a 1,5%.

Na passagem de agosto para setembro de 2025, três das quatro grandes categorias econômicas e 12 dos 25 ramos industriais pesquisados apontaram redução na produção. Entre as atividades, as influências negativas mais importantes foram assinaladas por produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%), indústrias extrativas (-1,6%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,5%), com a primeira interrompendo quatro meses consecutivos de avanço na produção, período em que acumulou expansão de 28,2%; a segunda intensificando a queda de 0,4% verificada no mês anterior; e a terceira eliminando parte do crescimento de 3,7% acumulado no período junho-agosto de 2025.

Vale destacar também as contribuições negativas registradas pelos setores de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-2,9%), de produtos químicos (-0,4%), de produtos diversos (-2,7%) e de outros equipamentos de transporte (-1,9%).

Por outro lado, entre as treze atividades que mostraram avanço na produção, a de produtos alimentícios (1,9%) exerceu o principal impacto na média da indústria, marcando, dessa forma, o terceiro resultado positivo consecutivo, período em que acumulou expansão de 4,4%. Outras influências positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de produtos do fumo (19,5%), de produtos de madeira (5,5%), de produtos de borracha e de material plástico (1,3%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (1,7%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (2,0%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (2,3%), de bebidas (1,1%) e de metalurgia (0,5%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, bens de consumo duráveis (-1,4%) mostrou o resultado negativo mais acentuado em setembro de 2025 e interrompeu três meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 1,0%. Os setores produtores de bens intermediários (-0,4%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-0,1%) também assinalaram recuos nesse mês, com o primeiro interrompendo o comportamento positivo iniciado em fevereiro de 2025, período em que acumulou crescimento de 3,6%; e o segundo voltando a recuar após acumular expansão de 1,2% nos meses de julho e agosto de 2025. Por outro lado, o segmento de bens de capital, ao avançar 0,1%, mostrou a única taxa positiva em setembro de 2025 e interrompeu dois meses seguidos de queda na produção, período em que acumulou perda de 1,9%.

Média móvel trimestral varia 0,1% no trimestre encerrado em setembro

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação positiva de 0,1% no trimestre encerrado em setembro de 2025 frente ao nível do mês anterior, após também avançar em agosto de 2025 (0,2%), quando interrompeu dois meses consecutivos de queda: julho (-0,2%) e junho (-0,4%). Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de consumo semi e não duráveis (0,4%) e bens intermediários (0,2%) assinalaram as taxas positivas em setembro de 2025, com a primeira interrompendo a trajetória predominantemente descendente iniciada em março de 2025; e a segunda permanecendo com o comportamento positivo iniciado em abril de 2025, período em que acumulou expansão de 2,1%.

Por outro lado, os segmentos de bens de capital (-0,6%) e de bens de consumo duráveis (-0,3%) apontaram os resultados negativos nesse mês, com o primeiro marcando a quinta queda seguida e acumulando nesse período redução de 2,6%; e o segundo voltando a recuar após avançar 0,3% no mês anterior, quando interrompeu dois meses consecutivos de perda, período em que acumulou redução de 1,8%.

Frente a setembro de 2024, produção industrial cresce 2,0%

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou expansão de 2,0% em setembro de 2025, com resultados positivos em 2 das 4 grandes categorias econômicas, 16 dos 25 ramos, 45 dos 80 grupos e 53,0% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que setembro de 2025 (22 dias) teve 1 dia útil a mais que igual mês do ano anterior (21).

Acumulado no ano cresce 1,0%

No índice acumulado para janeiro-setembro de 2025, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial assinalou avanço de 1,0%, com resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 25 ramos, 43 dos 80 grupos e 51,8% dos 789 produtos pesquisados. Entre as atividades, as principais influências positivas no total da indústria foram registradas por indústrias extrativas (4,1%), máquinas e equipamentos (6,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (3,0%) e produtos químicos (2,4%), impulsionadas, principalmente, pela maior produção dos itens óleos brutos de petróleo, gás natural e minérios de manganês e de cobre e seus concentrados, na primeira; aparelhos de ar-condicionado de paredes, de janelas ou transportáveis (inclusive os do tipo “split system”), aparelhos elevadores ou transportadores para mercadorias, tratores agrícolas, ferramentas hidráulicas de motor não elétrico de uso manual, máquinas para limpeza e seleção de grãos, máquinas ou aparelhos para o setor agrícola e de pecuária, lingoteiras para fundição, carregadoras-transportadoras, máquinas para colheita e máquinas para perfuração e sondagem usadas na prospecção de petróleo, na segunda; automóveis, autopeças e veículos para o transporte de mercadoria, na terceira; e fungicidas e inseticidas (ambos para uso na agricultura) e herbicidas para plantas, na quarta. Outras contribuições positivas relevantes foram assinaladas pelos ramos de produtos têxteis (10,8%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (9,3%) e de metalurgia (2,7%).

Por outro lado, ainda na comparação com janeiro-setembro de 2024, entre as oito atividades que apontaram redução na produção, a de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,2%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria, pressionada, principalmente, pela menor produção de álcool etílico.

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os nove meses de 2025 mostrou maior dinamismo para os segmentos de bens de consumo duráveis (4,8%) e de bens intermediários (2,3%), impulsionados, em grande medida, pela maior produção de automóveis (5,6%), no primeiro; e de óleos brutos de petróleo, no segundo. Por outro lado, o segmento de bens de consumo semi e não duráveis, ao recuar 2,6%, registrou o recuo mais elevado no índice acumulado no ano, pressionado, principalmente, pela redução verificada na produção de álcool etílico. O setor produtor de bens de capital (-0,2%) também assinalou taxa negativa no índice acumulado do período janeiro-setembro de 2025.

( da redação informações de assessoria. Edição: Política Real)