Rotas de integração com países latinos fortalecerão economia do Rio Grande do Sul

10º Congresso Internacional das Rotas de Integração da América do Sul, com programação de palestras, prossegue até sexta-feira no Teatro Sinduscon, em Porto Alegre

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José Ivo Sartori ressaltou que “rota de integração aumenta competitividade dos produtos gaúchos com outros países. Ligação vai permitir ao Rio Grande vencer dificuldades logísticas e intensificar relações comerciais"

A inserção do Rio Grande do Sul no traçado econômico e logístico com países latinos foi o foco principal do jantar de abertura do 10º Congresso Internacional das Rotas de Integração da América do Sul, nesta quarta-feira (6), no Galpão Crioulo do Palácio Piratini.

O evento, com programação de palestras, prossegue até sexta-feira (8) no Teatro Sinduscon, em Porto Alegre. O governador José Ivo Sartori participou da cerimônia acompanhado de secretários de Estado, empresários estrangeiros e representantes consulares.

O tema desta edição é Corredor Bioceânico Central e a Cooperação para Competitividade, que abrange de Coquimbo (Chile) até o território gaúcho. Ao término do evento de três dias, serão encaminhadas proposições às autoridades governamentais de todos os países da América Austral. O evento é uma promoção do governo do Estado, em parceria com o Comitê das Rotas de Integração da América do Sul (Crias) e Câmara de Comércio e Indústrias Brasil-Chile (CCIBC/RS).

Os Corredores Bioceânicos são projetos de integração política, social, cultural, logística e econômica a partir da rota de ligação entre o oceano Pacífico e o Atlântico. O trajeto tem potencial para integrar oito regiões, três países, 21 portos, nove aeroportos e 25 milhões de pessoas. Os atuais gargalos da rota estão na conclusão do túnel Passo da Água Negra (entre Chile e Argentina) e obras de duplicação e melhoria de ponte na BR 290.

O traçado contemplará Paraguai, Bolívia, Peru e Uruguai, também podendo incluir o Equador. O Plano Estadual de Logística e Transportes do Rio Grande do Sul (Pelt-RS), elaborado pelo governo do Estado,  investiga as deficiências no modal rodoviário para melhorar o escoamento da produção. De acordo com o governador, o corredor bioceânico diminui as distâncias e aumenta a competitividade dos produtos gaúchos com países de outros continentes. "É uma ligação que abrange cerca de 25 milhões de pessoas e que vai permitir ao Rio Grande vencer dificuldades logísticas e intensificar as relações comerciais com o Chile", sinalizou Sartori.

Pelas rodovias, os portos do Pacífico vão interligar regiões de fronteira com o Estado pela Argentina, ingressando pela ponte Libres-Uruguaiana e chegando a Porto Alegre e ao Porto de Rio Grande. Para o secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sdect), Evandro Fontana, além de ampliar o escoamento da produção, o corredor permite o ingresso de novos produtos, fortalecendo a economia dos municípios por onde passa. "O Rio Grande do Sul tem uma posição privilegiada e uma indústria diversificada com exportação para mais de 240 países e rotas turísticas integradas. A consolidação das rotas só beneficia Estado e províncias", avaliou.

Artur Hugen, com Secom/GRS/ Fotos: Daniela Barcellos

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