25 diretrizes foram aprovadas por deputados para enfrentar crise climática durante a COP30
Aquecimento global é uma ameaça da existência e seus impactos atingem as seguranças alimentar, hídrica e energética; as infraestruturas nacionais; os sistemas financeiros; e, sobretudo, os direitos humanos
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(Brasília-DF, 15/11/2025) 25 diretrizes para enfrentar a crise climática, foram aprovadas, nesta sexta-feira (14), pela União Interparlamentar (UIP). “O documento foi discutido por parlamentares de 47 países reunidos na Assembleia Legislativa do Pará, durante a Conferência da ONU sobre Mudança do Clima (COP30)”.
Para os parlamentares “o aquecimento global é uma ameaça existencial. Segundo o texto, os impactos atingem as seguranças alimentar, hídrica e energética; as infraestruturas nacionais; os sistemas financeiros; e, sobretudo, os direitos humanos”.
O relator da reunião parlamentar na COP30, senador Humberto Costa (PT-PE), destacou o papel dos Legislativos no financiamento climático e no monitoramento das metas.
“Defendemos transparência orçamentária, monitoramento rigoroso das metas de mitigação e financiamento adequado para que países em desenvolvimento cumpram seus compromissos”, afirmou.
Transição
A proposta “recomenda uma transição energética justa e inclusiva, com redução de subsídios aos combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural) e crescimento do uso de energias renováveis”.
O fortalecimento dos planos de adaptação climática, com atenção especial às populações mais vulneráveis a eventos extremos. Também estão incluídas no texto.
As diretrizes incluem ainda:
- ações climáticas para reduzir desigualdades;
- valorização dos conhecimentos dos povos indígenas e comunidades tradicionais;
- uso do risco climático nas decisões públicas;
- ampliação do papel dos bancos multilaterais de desenvolvimento;
- reconhecimento do ecocídio como crime internacional;
- proteção de defensores do meio ambiente.
Parlamentos
O senador Humberto Costa enfatizou que “os Parlamentos precisam ampliar a cooperação internacional”.
“Os Parlamentos devem definir leis que garantam a implementação das contribuições climáticas e fiscalizar a ação dos governos, inclusive o financiamento”, destacou.
Integrante do comitê-executivo da UIP, o deputado Claudio Cajado (PP-BA) ressaltou “que os eventos climáticos extremos exigem debate suprapartidário”.
“Quando reunimos parlamentares do mundo inteiro, trocamos experiências, ideias e críticas. Discutiremos em cada Parlamento o que foi debatido aqui”, afirmou.
“O documento final também aborda o incentivo à pesquisa, à inovação e ao uso da inteligência artificial para enfrentar a crise climática; a ampliação da proteção da biodiversidade; e ações para combater a desinformação climática”, impõe.
(Da Redação, com Agência Câmara de Notícias – Assessorias – Edição: Artur Hugen)