31 de julho de 2025

CAS rejeita redefinição de procedimentos de inspeção de produtos da apicultura

Comissão de Assuntos Sociais (CAS) rejeitou nesta semana, um projeto que pretendia retirar mel, cera, própolis, geleia real e demais produtos da apicultura das mesmas regras de inspeção de produtos de origem animal, previstas na Lei 1.283, de 1950

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Para o relator, senador Dalirio Beber (PSDB-SC), proposta prejudicaria os agricultores

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) rejeitou nesta semana, um projeto que pretendia retirar mel, cera, própolis, geleia real e demais produtos da apicultura das mesmas regras de inspeção de produtos de origem animal, previstas na Lei 1.283, de 1950. O projeto (PLC 36/2017) segue para o Plenário.

Para o relator, senador Dalirio Beber (PSDB-SC), que votou pela rejeição do texto, a medida criaria uma lacuna legislativa no que diz respeito à fiscalização desses produtos e prejudicaria os apicultores, que dependem da chancela do serviço público de inspeção de produtos de origem animal para a exportação de sua produção.

Dalirio também considerou equivocada a proposta de caracterização do mel como “produto de natureza mista, elaborado por abelhas melíferas a partir de substâncias de origem vegetal”. O novo conceito, segundo o senador, não se harmonizaria com a definição utilizada pelos órgãos internacionais de referência na área. Além disso, o relator citou uma nota técnica do Ministério da Agricultura segundo a qual essa conceituação retiraria o mel do âmbito de fiscalização do Serviço de Inspeção Federal, vinculado à pasta. O projeto é de autoria do deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS).

Previdência

A CAS também rejeitou o PLS 422/2017, de autoria da CPI da Previdência, que pretendia aumentar a contribuição previdenciária para empresas que tiveram redução de pessoal, diminuindo esse percentual para empresas que ampliaram seus quadros. Para a relatora da matéria, senadora Ana Amélia (PP-RS), “não é sensível aumentar a tributação de quem já tem dificuldade de empregar”.

O texto, que agora segue ao Plenário, já havia sido rejeitado também na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Artur Hugen, com Agência Senado/Foto: Geraldo Magela/ASD/Divulgação