31 de julho de 2025

Para Leite, obra no aeroporto em 11 meses mostra relevância de parcerias

O governador Eduardo Leite conheceu, na manhã desta segunda-feira (1º), parte do novo terminal do Aeroporto Internacional Salgado Filho, na capital

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Governador Eduardo Leite foi recebido na área ampliada do terminal pela CEO da Fraport Brasil, Andrea Pal

O governador Eduardo Leite conheceu, na manhã desta segunda-feira (1º), parte do novo terminal do Aeroporto Internacional Salgado Filho, na capital. A Fraport Brasil, empresa responsável pela gestão, entregou as novas áreas de check-in, embarque e desembarque domésticos, que já poderão ser utilizadas e frequentadas pelo público a partir desta terça-feira (2).

As companhias áreas que atuam no Terminal 1 do aeroporto – agora chamado de Porto Alegre Airport -, passarão a realizar as operações de check-in de voos domésticos e internacionais, gradualmente, na área de expansão, localizada no segundo piso.

Com 40 balcões de check-in, o novo espaço oferece mais conforto e dinamismo ao atendimento. Os passageiros de voos domésticos passarão a realizar embarque e desembarque também em novo espaço, na área de ampliação. Depois de fazer o check-in no 2º piso, o passageiro sobe até o 3º para passar pelos novos equipamentos de inspeção de segurança e seguir para o embarque.

A conclusão da nova fase de obras do novo terminal foi apresentada ao governador e ao prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior. Guiados pela CEO da Fraport Brasil, Andrea Pal, Leite e Marchezan conheceram a nova área de check-in, o novo portal de desembarque e de embarque e as esteiras de bagagens. A previsão, segundo Andrea, é que a reforma do terminal seja entregue em outubro deste ano. “O mais importante é a expansão da pista, que deve ser concluída até 2021. Para isso, precisamos realocar a população que reside nas vilas Nazaré e Dique”, explicou.

O governador Leite garantiu que a prefeitura, que vem negociando a desapropriação das famílias, tem todo o apoio do Executivo neste processo. “Estamos articulados para que a remoção seja feita de forma tranquila, com respeito aos moradores, melhorando a vida dessas pessoas”, comentou. O Ministério Público e o Judiciário participam dos trâmites, a fim de assegurar que a remoção das famílias ocorra de maneira adequada.

De acordo com a prefeitura da capital, há 1,3 mil famílias esperando um novo local para morar. O prefeito Marchezan detalhou que 1,3 mil casas, localizadas em condomínios separados, devem ser entregues com o intuito de abrigar os moradores. A previsão é de 364 já sejam entregues em abril, no bairro Sarandi. “Todas as famílias serão realocadas. Não temos dúvidas de que elas receberão uma situação de habitação, de serviços públicos, de saúde e de segurança muito melhor do que encontrada hoje”, garantiu.

Expansão da pista 

A ampliação da pista do aeroporto Salgado Filho em 920 metros é apontada como um ponto-chave para o desenvolvimento econômico do Estado. Conforme a Fraport Brasil, a pista com maior extensão reduzirá em 10% os custos dos exportadores. “Teremos mais voos de carga de exportação, reduzindo custos de quem produz no estado e, hoje, precisa fazer o transporte por via rodoviária até o aeroporto de Guarulhos”, comentou o governador.

Com o transporte de carga aérea podendo já partir de Porto Alegre, o Estado se torna mais competitivo. “Também estamos discutindo ferramentas de incentivo a companhias aéreas nacionais para viabilizar mais voos regionais de Porto Alegre para o interior do RS”, disse Leite.

Para o governador, a entrega de parte do terminal em apenas 11 meses, por parte da Fraport Brasil, mostra a importância das parcerias com o setor privado. O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Ruy Irigaray, vê o Salgado Filho como uma porta de entrada para investimentos. “O investimento da Fraport na ampliação do complexo tornará o RS mais competitivo na atração de novos negócios, no turismo, no aumento da oferta de voos, na movimentação de passageiros. É, sem dúvida, uma grande conquista para os gaúchos”, comemorou.

A nova sala de embarque ficará no píer, que conta com seis novos portões e três novas pontes. Os passageiros de destinos nacionais que chegarem a Porto Alegre também realização o desembarque por uma nova área, separada do desembarque de voos internacionais, e também na estrutura de ampliação. Há três novos carrosséis para retirada de bagagens.

As atuais áreas de desembarque, check-in e embarque doméstico serão fechadas na sequencia para que se possa iniciar a última fase da reforma do Terminal 1 – inaugurado em setembro de 2001. No segundo trimestre deste ano, também será entregue o novo edifício-garagem, com 1.050 vagas. A expansão do Terminal 1 e a extensão da pista somam investimento de R$ 1,8 bilhão.

Vencedora de leilão realizado em março de 2017 para uma concessão de 25 anos, a Fraport iniciou as operações no Salgado Filho em janeiro de 2018.

Artur Hugen, com Secom/GRS/ Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

 

Cooperativas do Rio Grande do Sul pedem revisão de norma para acessar o programa de biodiesel

Pequenos agricultores não podem ser penalizados porque o índice de cooperados com Certidão de Aptidão ao Pronaf não chega a 60%, acredita Fernando Schwanke

Em reunião, com representantes de 42 cooperativas do Rio Grande do Sul, o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fernando Schwankwe, recebeu demandas dos cooperados, entre elas de revisão dos requisitos para acesso ao Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB).

Atualmente, para uma entidade participar do programa do governo, pelo menos 60% dos seus cooperados precisam ser agricultores familiares com Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). A reivindicação do setor pede o fim dessa exigência. Na reunião organizada pelo presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro/RS), Paulo Pires, o secretário adiantou que vai tratar do assunto com 
a ministra Tereza Cristina. 

“Cooperativas compostas por 58% de agricultores familiares, por exemplo, não podem acessar o programa e ganhar um bônus por saca de soja, que viabilizaria a produção em pequena escala. Estamos atentos a essa questão, pois sabemos que o pequeno agricultor não pode ser penalizado pelo fato de a cooperativa estar abaixo do índice regulamentado”, disse Schwanke. 

A possibilidade de emissão de DAP jurídica para filiais, vetada pela Portaria n° 1, de 13 de abril de 2017, e a garantia de linhas de crédito para as cooperativas também foram pontos abordados na reunião. “O encontro foi importante para alinharmos conceitos e ações que serão realizadas junto ao setor cooperativista do país. As solicitações apresentadas são relativas aos procedimentos do ministério e estão em debate”, segundo o secretário. 

A reunião também contou com participação do ex-secretário estadual da Agricultura, Odacir Klein, do ex-secretário estadual do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcísio Minetto, e representantes da Federação das Cooperativas Agropecuárias de Santa Catarina (Fecoagro/SC)

Artur Hugen, com Mapa
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