Senadores estarão mobilizados contra fraudes financeiras a idosos, após recesso
Golpes financeiros contra idosos, no centro das preocupações dos parlamentares, após o recesso parlamentar
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(Brasília-DF, 18/07/2025) Senadores irão priorizar projetos que buscam prevenir golpes contra idosos no segundo semestre. Uma dessas ações é o projeto do senador Paulo Paim (PT-RS) que exige a presença física para a assinatura de empréstimos para pessoas acima de 60 anos (PLS 74/2023). Os parlamentares também iniciarão os trabalhos da CPMI que vai investigar os descontos ilegais no INSS.
O percentual de idosos na população brasileira dobrou desde o início do século XXI: passou de 8,7% em 2000 para 15,6% em 2023, segundo dados do IBGE. A mudança no perfil etário é uma das preocupações do Senado, pois a maioria dos crimes cometidos contra os idosos, especialmente as fraudes financeiras, partem, justamente, dos próprios familiares.
O senador gaúcho é autor do Estatuto do Idoso e quer, por exemplo, que os bancos e instituições de crédito exijam a assinatura física em contratos de empréstimo consignado com pessoas acima dos 60 anos. A proposta, em análise na Comissão de Assuntos Econômicos, seria uma tentativa de evitar os golpes.
Desprotegida
O senador Paulo Paim (PT-RS), diz que "por ser um grupo vulnerável, a população idosa é a mais afetada pelos golpes financeiros hoje no Brasil. A falta de informação, de acesso às novas ferramentas de tecnologias e também de fiscalização provocam a fragilidade no sistema e deixam essa população desprotegida”, afirma.
Futuro
A presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Pessoa Idosa, senadora Damares Alves (Republicanos-DF), uma das autoras da CPMI dos descontos indevidos do INSS, lembra que o futuro da Previdência Social deveria estar entre os principais temas em foco nos debates futuros.
Especialistas
"A gente vai ter que fazer uma discussão pé no chão, com toda sociedade, com o Parlamento, com os governos. Eu estou muito preocupada. A população brasileira está envelhecendo, graças a Deus com saúde, mas como é que nós vamos dar conta da Previdência daqui a 10, 15 anos? Os especialistas já apontam para um colapso. Então, quem sabe nessa CPMI a gente não possa fazer uma discussão sobre o futuro da Previdência no país?", indaga e conclui.
(Redação, com assessorias – Edição: Artur Hugen)