Senadora Ivete da Silveira faz alerta no Senado sobre aumento da violência contra a mulher em Santa Catarina e no Brasil
“É uma tragédia social que corrói a dignidade humana e compromete o futuro do nosso país. A violência contra a mulher não é um problema das mulheres. É um problema de todos nós”, declarou
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(Brasília-DF, 28/08/2025) Em discurso firme e emocionado no plenário do Senado Federal, nesta quinta-feira (27), a senadora Ivete da Silveira (MDB-SC) destacou os alarmantes dados sobre violência contra a mulher em Santa Catarina e no Brasil, dentro da campanha Agosto Lilás, mês dedicado à conscientização pelo fim da violência de gênero.
“Falo como cidadã, como avó, como mulher. Enquanto debatemos aqui, do lado de fora, mulheres estão sendo assassinadas apenas por serem mulheres”, afirmou a parlamentar, referindo-se ao crescimento dos casos de feminicídio no estado.
Segundo números apresentados por Ivete, entre janeiro e julho deste ano, mais de 18 mil medidas protetivas foram concedidas pela Justiça catarinense — o equivalente a 87 pedidos de socorro por dia. No mesmo período, 106 casos de feminicídio foram julgados no estado, número que representa um aumento de 36% em relação a 2024.
A senadora chamou atenção para a gravidade dos dados, classificando o cenário como uma “emergência silenciosa” e alertou que os crimes de violência doméstica já representam quase um terço de todos os processos penais em Santa Catarina, somando mais de 23 mil ações em apenas sete meses.
“É uma tragédia social que corrói a dignidade humana e compromete o futuro do nosso país. A violência contra a mulher não é um problema das mulheres. É um problema de todos nós”, declarou.
Ivete também elogiou as ações do Senado no âmbito do Agosto Lilás e parabenizou a bancada feminina, com destaque para as senadoras Leila Barros e Dorinha Seabra, pelas iniciativas de debate e articulação legislativa sobre o tema.
Em sua fala, a parlamentar defendeu a ampliação de políticas públicas voltadas à proteção da mulher, como delegacias especializadas, casas-abrigo, capacitação de agentes de segurança e fortalecimento de redes de acolhimento. Ela também destacou a importância da educação para a cultura da paz, com ações preventivas desde a infância.
“Não se constrói uma nação justa, livre e desenvolvida sem que suas mulheres estejam protegidas, respeitadas e livres de medo”, concluiu a senadora catarinense, reforçando seu compromisso com o tema e com o apoio a iniciativas nos municípios, onde, segundo ela, “essa dor se manifesta com mais força”.
Da Redação com Ag. Senado - Assessorias - Edição: Artur Hugen