31 de julho de 2025
Crime Organizado

Votação do projeto de combate ao crime organizado será na próxima terça-feira

Líderes de partidos da base do governo e da oposição também defenderam o adiamento da votação do projeto

Por Redação, com Ag. Câmara – Assessorias – Edição: Artur Hugen
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A Casa pode fazer uma ampla discussão e a votação dessa matéria, tão importante para nosso país", disse o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Ao seu lado, o Relator deputado Guilherme Derrite - Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

(Brasília-DF, 13/11/2025) A votação do Projeto de Lei 5582/25 que estabelece o marco legal do combate ao crime organizado está agendada para a próxima terça-feira (18). O Plenário da Câmara deu início ao debate da proposta, nesta quarta-feira (13).

"Teremos pauta única na próxima terça-feira para que a Casa possa fazer uma ampla discussão e a votação dessa matéria que é tão importante para nosso país", disse o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

O presidente da Câmara atendeu a um pedido do relator, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), para adiar a votação. "Meu substitutivo nunca foi linha de chegada, mas ponto de partida", disse o relator, ao pedir o adiamento.

O parlamentar paulista disse que aproveitou "boas iniciativas" do projeto original, de autoria do governo, além de outras sugestões de parlamentares para entregar um novo marco no combate ao crime organizado.

Adiamento

Líderes de partidos da base do governo e da oposição também defenderam o adiamento da votação do projeto.

O deputado Isnaldo Bulhões Junior (MDB-AL), líder do partido, solicitou um prazo maior para que Derrite possa discutir e aprofundar seu relatório. "Este projeto precisa de serenidade, maturidade para que, realmente, o resultado seja o que a sociedade brasileira espera", enfatizou.

O deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), teceu elogios, equilíbrio e a maturidade do presidente da Câmara de ouvir os diferentes atores da questão. "Este debate da segurança já passou da hora de termos a maturidade política de deixarmos de lado nossas paixões ideológicas e partidárias e debatermos, porque o crime é organizado. Quem lamentavelmente está desorganizado é o Estado", disse.

Cavalcante também destacou “que ninguém concorda com a retirada de autoridade de nenhuma das polícias, em referência à crítica de que o parecer de Derrite diminuía a atuação da Polícia Federal na área”.

Já deputado Alberto Fraga (PL-DF), coordenador da Frente Parlamentar da Segurança Pública, também pediu o adiamento da votação. "Para que a gente possa ter um tema tão importante aprovado por quase todos no Plenário, é preciso parar no ímpeto de fazer as coisas de forma açodada", disse.

O deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA), relator da Lei Antiterrorismo na Câmara, disse que aquela norma foi aprovada de forma apressada. "A minha opinião é que devemos partir para a elaboração de uma lei específica sobre as facções criminosas", afirmou.

Para “os líderes do governo e do PT, o adiamento da votação não precisa ser tão prolongado como os 30 dias solicitados por governadores de partidos da oposição ao governo federal. Não acho que devam ser 30 dias, mas, em alguns dias, dá para construirmos um consenso e buscar o que for melhor e qualificar os instrumentos de combate sem tréguas às facções criminosas no Brasil", disse o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE).

O líder do PT, deputado Lindbergh Farias (RJ), defendeu enfrentar o tema "com urgência, para ser votado, no máximo, na próxima semana".

(Da Redação, com Ag. Câmara – Assessorias – Edição: Artur Hugen)